32 paraenses estavam entre os alvos da Megaoperação realizada no Rio de Janeiro

Uma megaoperação policial realizada nesta terça-feira (28) nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, terminou com pelo menos 64 mortos e 81 presos, segundo informações da Secretaria de Segurança Pública fluminense. A ação, considerada uma das maiores e mais letais da história do estado, teve como alvo organizações ligadas ao Comando Vermelho (CV), que atuam no tráfico de drogas e em outros crimes interestaduais.

O que mais chamou atenção das autoridades paraenses foi a identificação de 32 suspeitos naturais do Pará, apontados pela Polícia Civil do Estado (PCPA) como integrantes ou colaboradores do grupo criminoso. De acordo com as investigações, os paraenses estariam comandando atividades ilícitas à distância, de dentro e fora do estado, mantendo contato com lideranças do Rio por meio de aplicativos e intermediários.

A PC do Pará confirmou que os nomes desses 32 investigados foram incluídos em uma lista compartilhada com a Polícia Civil do Rio de Janeiro e com o Ministério da Justiça, e que novas operações poderão ser deflagradas no território paraense nos próximos dias.

“O crime organizado deixou de ter fronteiras. Hoje, há paraenses ocupando funções estratégicas em facções que operam em diferentes regiões do país”, afirmou um delegado da PCPA sob reserva.

Entre os presos na ação desta terça-feira, alguns possuem antecedentes em cidades do interior do Pará, especialmente nas regiões do Baixo Tocantins e Sudeste paraense, o que reforça a suspeita de ramificações locais.

A megaoperação envolveu mais de 1.000 agentes das polícias Civil, Militar e Federal, com apoio de helicópteros e blindados. Durante os confrontos, também foram apreendidos armas de grosso calibre, drogas e equipamentos de comunicação.

Com texto de Monnique Franco

(Floresta News)