Por Floresta News
Publicado em 26 de agosto de 2025 às 00:14H

Os pais devem monitorar navegação de crianças e adolescentes, emojis aparentemente inofensivos tem seus significados distorcidos para facilitar a comunicação entre os abusadores
O aumento de casos de abuso e exploração sexual infantil na internet tem levado as autoridades a reforçar o alerta para uma prática que vem se tornando comum entre criminosos: o uso de emojis como códigos secretos em comentários e mensagens.
De acordo com investigações, ícones aparentemente inofensivos são usados para sinalizar preferências e interesses ilegais, além de facilitar a comunicação entre pedófilos. O problema ganha gravidade porque esses símbolos muitas vezes passam despercebidos pelos responsáveis, enquanto circulam livremente em perfis de crianças e adolescentes.
Entre os significados já mapeados pela polícia estão:
• 🍜 (macarrão instantâneo) – usado como referência à palavra “nudes”, para indicar troca de fotos íntimas de crianças;
• 🌽 (milho) – associado à pornografia infantil, pelo som semelhante entre corn e porn;
• 🌀 (espiral azul) – sinal de interesse em meninos;
• 💗 (coração dentro de outro) e 🧀 (queijo) – indicam busca por imagens de meninas;
• 🍬, 🍭 e 🍕 (bala, pirulito e pizza) – servem como elogio ou aprovação a conteúdos postados por menores.
Além do uso dos emojis, a polícia alerta que pedófilos criam perfis falsos se passando por crianças, adolescentes ou até agências de modelos e influenciadores. O objetivo é conquistar a confiança das vítimas e, a partir daí, solicitar fotos ou estabelecer contato mais direto.
Recomendações de segurança
As autoridades reforçam que os pais devem monitorar de perto a vida digital dos filhos. Entre as orientações estão: evitar a exposição excessiva de imagens de crianças nas redes, limitar o tempo de uso de celulares e computadores e acompanhar de forma ativa as interações on-line.
Em caso de suspeita de aliciamento, a recomendação é interromper imediatamente a comunicação, registrar as conversas e procurar a Polícia Civil. Também é possível fazer denúncia anônima pelo Disque 100, canal do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania.
Segundo especialistas, o maior desafio é justamente a naturalização desses símbolos, que podem ser interpretados como simples brincadeiras, mas escondem intenções criminosas.
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