Por Floresta News
Publicado em 09 de junho de 2025 às 02:11H
O céu paraense, especialmente durante os períodos de vento mais forte, se enche de pipas coloridas em um espetáculo bonito de se ver. No entanto, o que deveria ser uma brincadeira inocente tem se transformado em risco para a vida de pedestres, ciclistas e motociclistas em várias cidades do estado.
O uso do cerol mistura cortante de cola com vidro moído e da linha chilena, ainda mais perigosa, continua sendo registrado mesmo com a proibição legal. A prática é comum entre crianças e adolescentes que usam o material para cortar outras pipas, mas os perigos vão muito além da disputa no ar.
Em municípios como Belém, Ananindeua, Castanhal, Marabá, Parauapebas e Tucuruí, já houve registros de acidentes graves provocados por linhas com cerol. Motociclistas, em especial, são alvos frequentes dos fios invisíveis e afiadíssimos, esticados em ruas e avenidas.
A linha chilena, produzida com pó de alumínio e quartzo, é ainda mais perigosa e cortante do que o cerol tradicional. O seu uso já causou amputações, ferimentos profundos e até mortes em vários estados do país.
⚠️ Proibido por lei
O uso e comercialização dessas linhas cortantes é proibido no Pará, com base na Lei Estadual n.º 9.084/2020. A norma prevê punições para quem portar, vender ou utilizar cerol e linha chilena, com aplicação de multas e até detenção, em casos mais graves.
De acordo com autoridades, o problema se agrava durante os fins de semana e nas férias escolares. Por isso, pais e responsáveis são alertados a acompanhar as brincadeiras das crianças e adolescentes.
🚨 Como se proteger?
Motociclistas devem instalar antenas corta-pipa, equipamento de baixo custo que pode salvar vidas. Além disso, é essencial redobrar a atenção ao passar por áreas residenciais e campos onde crianças brincam com pipas.
Quem for flagrado utilizando ou vendendo cerol ou linha chilena pode ser denunciado às autoridades competentes como Polícia Militar, Guarda Municipal ou Conselho Tutelar para que as medidas legais sejam tomadas.