Por Floresta News
Publicado em 08 de janeiro de 2024 às 03:51H
Se as gripes não forem precocemente tratadas, podem desencadear diagnósticos preocupantes como pneumonia e até a covid-19
Com as chuvas intensas que caem no Pará neste início de ano, quando ocorre o famoso Inverno Amazônico, o Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR), situado em Belém, alerta que o clima úmido pode provocar diversos prejuízos à saúde da população, principalmente com as crianças e idosos, devido as síndromes gripais, que se não forem precocemente tratadas, podem desencadear diagnósticos preocupantes como pneumonia e até a covid-19.
De acordo com o pediatra da instituição, Alan Contente, a virose como é popularmente chamada a gripe, surge com sintomas como febre repentina, calafrios, dor de garganta, dor de cabeça, tosse, coriza e ausência e/ou dificuldade em perceber cheiro e sabor.
“Existe também a síndrome respiratória aguda grave, que por sua vez, é classificada quando, além dos sintomas de Síndrome Gripal (SG), as pessoas apresentam também dificuldades e desconforto para respirar ou apresentam uma respiração rápida e curta; dor persistente no peito; saturação de oxigênio abaixo de 95%, que é a quantidade de oxigênio circulando no sangue; e coloração azulada nos lábios ou no rosto”, destaca o profissional que salienta estes sintomas sendo comuns da covid.
O médico pontua ainda que a gripe corresponde a um grupo de sintomas causados por vários vírus diferentes, dos quais o Rinovírus Humano (HRV) é o tipo mais comum. Devido ao grande número de vírus que atuam na geração do resfriado comum, as pessoas podem ter vários resfriados a cada ano e dezenas ao longo da vida, sendo assim, por ser um local úmido e quente, a nossa região, principalmente a capital, Belém, é comum o aumento do número de pessoas com o diagnóstico da doença nesta época do ano. “As crianças com menos de seis anos, por exemplo, têm em média de 12 a 15 gripes por ano, com sintomas que duram em média 14 dias”, ressalta Alan Contente.
Transmissão – Os resfriados são transmitidos de pessoa para pessoa com contato direto ou por ambiente, pois o vírus pode viver em superfícies por até 24 horas. O pediatra explica que a transmissão normalmente acontece com o vírus literalmente nas mãos das pessoas, local capaz de infectar outra pessoa por pelo menos duas horas.
“Se uma criança com um resfriado toca em outra ou adulto, e estes tocam o olho, o nariz e/ou a boca, o vírus pode contaminar essa pessoa através destes vetores”, observa o especialista que também alerta sobre a importância de sempre lavar as mãos e utilizar máscaras em locais públicos.
Prevenção – Para Alan Contente, uma iniciativa no combate à virose é composta por lavagem de mãos com água e sabão; caso não tenha acesso a esta possibilidade em certos momentos, deve-se utilizar álcool em gel para higienização. Além disso, é necessário manter ambientes ventilados e evitar o contato com pessoas resfriadas.
“Ao tratamento de uma simples virose, é importante tranquilizar as famílias à não necessidade do uso de antibióticos e antivirais, nesses casos, e ficar em casa. Uma alimentação balanceada e ingestão de líquidos, principalmente, de sucos naturais como limão e laranja, são fundamentais. Se precisar sair de casa, utilize sempre a máscara. Com este quadro, caso a pessoa persista em ir ao Pronto-Atendimento, ela pode desencadear uma gripe mais severa que tem a possibilidade de adquirir dentro do ambiente que está infectado, no caso, a unidade de saúde, pois o seu sistema imunológico está baixo”, complementa o pediatra.
(Agência Pará)