Por Dol
Publicado em 03 de abril de 2020 às 09:50H
Hospitais privados voltaram a alertar o governo sobre a diminuição dos estoques de equipamentos de proteção individual (EPIs), como máscaras e luvas cirúrgicas e álcool em gel, além de máscaras N95, de estrutura mais robusta.
Em meio à pandemia do novo coronavírus, a questão foi levada ao Ministério da Saúde por representantes da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), que reúne 122 hospitais, em reunião na quarta-feira (1º).
Segundo a Anahp, a situação se agravou nas últimas duas semanas: 75% de seus hospitais associados relataram que seus estoques vão acabar em menos de um mês e 20% deles afirma que sequer têm estoques. Os outros 5% têm equipamentos que devem durar entre 30 e 60 dias.
O presidente da associação, o doutor Eduardo Amaro, afirma que a produção local desses equipamentos “é uma das alternativas mais rápidas e seguras para que o setor consiga garantir o atendimento à população neste momento e preservar os seus profissionais”.
RESPIRADORES
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, anunciou, também nesta quinta-feira, a assinatura de contrato de R$ 1,2 bilhão para compra de respiradores. Ele disse também que o governo já tem esquema de logística montado para buscar equipamentos de combate ao novo coronavírus na China. As informações foram apresentadas após reunião com o procurador-geral da República, Augusto Aras. O ministro não informou quantos equipamentos serão adquiridos.
No encontro, eles assinaram um acordo para integrar o trabalho dos Ministérios Públicos Federal e dos Estados com o Ministério da Saúde e os conselhos de secretários estaduais e municipais de Saúde.
Mandetta explicou que tem enfrentado dificuldades para encontrar empresas que estejam vendendo máscaras, luvas e outros materiais de seguranças.
“Se tiver necessidade de buscar lá fora, o ministro Tarcísio [de Freitas, da Infraestrutura] já está preparado para a logística internacional”, afirmou.
O ministro ressaltou que, para comprar os respiradores, teve dificuldade. “Conseguimos fazer uma compra. Quem ficou em primeiro e em segundo na concorrência avisou que não conseguiria fazer a entrega. Tivemos de comprar da empresa que ficou em quinto lugar e prometeu entregar em 30 dias”, disse.
Segundo Mandetta, 90% dos EPIs do mundo são produzidos na China. O ministro também garantiu que não há risco no momento de desabastecimento de EPIs na rede pública de saúde.
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