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Alimentação saudável desde a infância ajuda a evitar a obesidade na vida adulta

Por Floresta News
Publicado em 13 de outubro de 2025 às 06:32H

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Esse é o recado da Sespa no Dia Nacional de Prevenção da Obesidade

No sábado (11), foi comemorado o Dia Nacional de Prevenção da Obesidade, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) divulgou as principais medidas e atitudes que podem ser tomadas pela população desde a infância para evitar a obesidade no futuro.

Resultante do acúmulo excessivo de gordura corporal, a obesidade é uma doença crônica e multifatorial, influenciada por genética, ambiente, comportamento e fatores hormonais, que aumenta o risco de diabetes, doenças cardiovasculares e outras condições de saúde. Uma pessoa é diagnosticada com obesidade quando o seu Índice de Massa Corporal (IMC) é igual ou superior a 30 kg/m².  

Assim, a Lei nº 11.721/2008 instituiu a data comemorativa, com o intuito de alertar sobre o impacto da obesidade na vida das pessoas, nos sistemas de saúde e na economia, ampliando o acesso à informação sobre a doença e seus mecanismos de proteção.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a obesidade é um dos maiores problemas de saúde pública e a estimativa é que cerca de 700 milhões de adultos no mundo vão se tornar obesos e 2,3 milhões terão sobrepeso em 2025.

Conforme matéria publicada pela Agência Brasil no ano passado, o Atlas Mundial da Obesidade 2024, lançado em março daquele ano pela Federação Mundial da Obesidade, apontou que cerca de um a cada três brasileiros (31%) vive com obesidade e essa porcentagem tende a crescer nos próximos anos.

Segundo o estudo, 68% da população tem excesso de peso e, desse total, 31% têm obesidade e 37% têm sobrepeso. O Atlas estima, ainda, que a obesidade pode aumentar em 33,4% entre os homens e 46,2% entre as mulheres.

Dados no Pará – De acordo com o Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan) do Ministério da Saúde em 2024, no Pará, 36,6% dos adultos apresentavam excesso de peso, com a maior prevalência no público masculino (38,4%). E a condição de obesidade, que engloba parte dos indivíduos, já atingia 28,2%.

O problema do excesso de peso também tem afetado os mais jovens. Entre as crianças atendidas na Atenção Primária, ainda em 2024, 5,6 % dos menores de 5 anos e 7,4% das crianças entre 5 e 9 anos tinham peso elevado para a idade. Quanto aos adolescentes acompanhados, no mesmo período, 18,1% e 9,1% apresentavam excesso de peso e obesidade, respectivamente. 

Crianças – Para a coordenadora estadual de Nutrição, nutricionista Walkiria Moraes, a prevenção da obesidade deve começar desde a infância, com a formação de hábitos alimentares saudáveis, incluindo o incentivo ao aleitamento materno exclusivo até os seis meses de idade e, a partir dessa idade, iniciar a introdução gradual de alimentos naturais, com a oferta diária de frutas, legumes, verduras, cereais integrais e proteínas saudáveis, além da redução no consumo de alimentos ultraprocessados, ricos em açúcar, gordura e sal. 

Ela destaca, ainda, o estímulo à prática diária de atividades físicas, com brincadeiras ao ar livre, esportes e tempo limitado de telas. “No entanto, os desafios são complexos devido a fatores como a insegurança alimentar, as mudanças nos padrões de consumo e a redução da atividade física entre os mais jovens. Sendo assim, a prevenção da obesidade infantil exige o envolvimento da família, da escola e do poder público”, afirmou.

Bernardo Mendes, de dez anos, é um exemplo que merece ser seguido. Ele está focado em manter diariamente a alimentação saudável e praticar futebol duas vezes por semana. “Não quero ficar acima do peso porque quando eu crescer eu quero ser jogador de futebol do Real Madrid ou do Barcerlona”, disse o menino, que já provou refrigerante, mas só bebe suco de fruta natural desde bebê.

Segundo Walkiria Moraes, a família tem um papel fundamental nesse processo, desde a compra e preparo dos alimentos, passando pelo tipo de alimento ofertado a criança até a forma como compartilha e disponibiliza a refeição. “Apesar de não ser a única responsável pelo quadro de obesidade entre as crianças, a família está no coração da mudança de hábitos e reversão da epidemia atual”, disse. “Portanto, a ação de pais e responsáveis é fundamental para mudar os maus hábitos”, acrescentou.

(SESPA)

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