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Hemopa é referência no diagnóstico e tratamento da doença falciforme no Pará

Por Floresta News
Publicado em 20 de junho de 2025 às 09:56H

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Atualmente, Hemocentro assiste 1.150 pessoas, a maioria crianças e adolescentes, em tratamento e reforça a importância conscientização

No Dia Mundial de Conscientização sobre a Doença Falciforme, a Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará (Hemopa) reforça seu papel como referência estadual no diagnóstico, tratamento e acompanhamento das pessoas com a enfermidade genética, prevalente na população negra e associada a dores intensas, infecções, anemia e complicações em diversos órgãos.

O cuidado começa ainda na infância, por meio da triagem neonatal. O teste do pezinho, realizado gratuitamente na rede pública, permite o diagnóstico precoce da doença e o encaminhamento ao Hemopa, onde é iniciado o protocolo clínico indicado para esses casos.

“O diagnóstico é feito através do teste do pezinho. Com o resultado, o paciente é encaminhado para iniciar o tratamento com medicações adequadas para prevenir possíveis complicações”, explica a médica hematologista Saide Sarmento Trindade, que coordena o atendimento ambulatorial da instituição.

O Hemopa segue todos os protocolos estabelecidos pelo Ministério da Saúde para o tratamento da doença falciforme. Entre as medidas adotadas estão a profilaxia com penicilina e ácido fólico, uso de hidroxiureia (a partir dos nove meses de idade), exame Doppler transcraniano entre os dois e os 16 anos para prevenção de AVC, terapia com quelantes de ferro nos casos de sobrecarga e esquemas de transfusão crônica, com transfusões mensais de concentrado de hemácias filtrado e fenotipado, conforme indicação clínica. O atendimento é realizado por uma equipe multiprofissional e multidisciplinar, com foco no cuidado integral.

“O Hemopa é o serviço de referência no Estado para o acompanhamento das pessoas com doença falciforme. A atuação é feita por uma equipe multiprofissional e multidisciplinar, com orientações adequadas às famílias. É fundamental o acolhimento da enfermagem, a atuação da psicologia, do serviço social, odontologia, fisioterapia, fisiatria, assistência farmacêutica e também da pedagogia, que avalia o desenvolvimento cognitivo da criança”, detalha a hematologista.

Segundo dados da Coordenação de Ambulatórios (Coamb), cerca de 1.150 pacientes com doença falciforme são atualmente acompanhados pela Fundação Hemopa, incluindo moradores da capital e de diversos municípios do interior do estado. A maioria dos atendidos é composta por crianças e adolescentes, mas o serviço também acompanha adultos que vivem com a forma crônica da doença.

Em casos mais graves, o transplante de medula óssea é uma alternativa terapêutica. “Hoje é possível realizar o transplante para pacientes que têm um irmão 100% compatível, por meio do teste de histocompatibilidade. E estamos avançando para o transplante haploidêntico, com 50% de compatibilidade entre doador e receptor”, complementa Saide. O Hemopa realiza o acompanhamento clínico e o encaminhamento dos casos para centros transplantadores em outros estados do país.

A instituição também tem apostado na inovação terapêutica. Em parceria com o Hospital de Clínicas da Bahia, o Hemopa já realizou procedimentos com terapia celular voltados ao tratamento da osteonecrose asséptica, uma complicação ortopédica comum entre pessoas com doença falciforme. Os resultados apontam melhora significativa na mobilidade e qualidade de vida dos pacientes submetidos à técnica.

Além da assistência médica, o Hemopa é responsável pelo cadastro de doadores de medula óssea no Redome — Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea. O procedimento é simples e pode ser feito com a coleta de apenas 10 ml de sangue, contribuindo para a esperança de cura de pessoas com falciforme que aguardam por um transplante.

(HEMOPA)

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