Pará é o primeiro Estado a oportunizar ‘Eixo Formativo’ a profissionais de saúde direcionados ao TEA

Participantes de capacitação realizada em Belém receberam suas certificações do Governo do Estado

Pioneiro no Brasil a implementar um centro público de formação a profissionais da área de saúde, atuantes no atendimento a pessoas com o diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA), o Governo do Pará, na tarde desta segunda-feira (21), concluiu e entregou certificações aos alunos profissionais da primeira turma do “Eixo Formativo”, que teve a temática “Vigiar é preciso: a importância da vigilância do desenvolvimento infantil”. A capacitação foi realizada em Belém, por intermédio da parceria entre a Coordenação Estadual de Políticas para o Autismo (Cepa), vinculada à Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa); Escola Técnica do SUS no Pará “Dr. Manuel Ayres” (ETSUS); e o Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR).

O “Eixo Formativo” tem o objetivo de promover e desenvolver o ensino-aprendizagem aos servidores do Sistema Único de Saúde (SUS) nos 144 municípios do Pará, focando na atenção à saúde e ao cuidado das pessoas com TEA. O Governo do Pará busca a cada dia, desde 2019, a descentralização e, para tanto, vem aprimorando os serviços oferecidos à população, uma das prioridades da atual gestão.

“É fundamental criar espaços de diálogo multiprofissional e interdisciplinar que favoreçam a aprendizagem e a assistência à saúde de pessoas com autismo. Utilizando práticas baseadas em evidências científicas, nosso objetivo é formar profissionais que atuem para o autismo em contextos intersetoriais, bem como capacitá-los para que possam multiplicar, de maneira descentralizada e regionalizada, o conhecimento, as habilidades e as competências adquiridas no Cetea, implementando práticas efetivas em seus municípios”, esclarece Elizeth Braga, diretora da ETSUS-PA.

Composta por 20 profissionais atuantes na rede pública de saúde, a primeira turma do “Eixo Formativo” iniciou com a parte teórica na ETSUS, no último dia 15 de outubro. A parte prática foi realizada no mais novo equipamento público ofertado à população, o Centro Especializado em Transtorno do Espectro Autista (Cetea), unidade gerenciada pelo CIIR. No geral, foram 20 horas de aulas na teoria e mais 30 horas de conhecimento na prática, que totalizaram 50 horas de aprendizado.

A capacitação teve uma abordagem sobre a introdução ao desenvolvimento infantil focando nos marcos do desenvolvimento; sinais de alerta para o autismo; e sobre o conceito do TEA a partir do DSM V, CID 10 ou CID 11. “Além disso, introduzimos temas como os atrasos no neurodesenvolvimento; o trabalho da equipe médica e multiprofissional no cuidado do diagnóstico à intervenção; as práticas baseadas em evidências; os instrumentos de rastreio, avaliação e acompanhamento terapêutico, entre outras temáticas”, explica Elizeth Braga.

Com as informações de Pallmer Barros (CIIR)