Por Floresta News
Publicado em 28 de outubro de 2025 às 22:25H

A decisão, embora ainda dependa da aprovação da Câmara dos Representantes, reacende o otimismo entre setores ligados ao comércio exterior especialmente no Pará
O Senado dos Estados Unidos aprovou, nesta terça-feira (28), uma proposta que anula as tarifas comerciais aplicadas por Donald Trump contra o Brasil durante seu mandato. A decisão, embora ainda dependa da aprovação da Câmara dos Representantes, reacende o otimismo entre setores ligados ao comércio exterior, especialmente no Pará, estado que tem forte presença nas exportações de minério, grãos e carne bovina.
O texto foi aprovado por 52 votos a 48, com parte dos senadores republicanos rompendo com o ex-presidente. O projeto busca revogar medidas adotadas sob o argumento de que o Brasil representaria um “risco à segurança econômica” dos Estados Unidos.
Impactos esperados para o Pará
Economistas e representantes do setor produtivo avaliam que a medida pode reduzir barreiras comerciais e favorecer o escoamento de produtos paraenses no mercado norte-americano. O estado ocupa posição estratégica no comércio exterior brasileiro, sendo o maior exportador de minério de ferro e bauxita, e um dos principais na soja e na pecuária.
Com a possível suspensão das tarifas:
Segundo o analista de comércio exterior Fábio Monteiro, do Instituto Amazônia Global, a decisão “abre espaço para que o Pará amplie sua participação nas exportações nacionais e atraia novos investimentos logísticos ligados aos portos de Vila do Conde e Barcarena”.
Cautela no cenário político
Apesar da aprovação no Senado, a proposta ainda precisa ser votada na Câmara dos Representantes, onde há resistência de aliados de Trump. Caso seja barrada, as tarifas permanecerão em vigor.
Enquanto isso, o governo brasileiro acompanha as discussões e busca manter o diálogo diplomático com Washington, defendendo a retomada de relações comerciais equilibradas.
Perspectiva regional
Se confirmada, a revogação das tarifas pode representar um impulso direto na economia paraense, gerando aumento no volume de exportações e reflexos positivos sobre emprego e arrecadação estadual. Municípios como Marabá, Parauapebas, Canaã dos Carajás e Santarém devem sentir os primeiros efeitos, com maior demanda logística e novos contratos internacionais.
“O Pará é uma das portas de entrada da Amazônia para o mercado global. Qualquer movimento que reduza barreiras externas tem impacto imediato sobre nossa economia”, reforça Monteiro.
com texto de Monnique Franco
(Floresta News)