Por Floresta News
Publicado em 02 de abril de 2023 às 23:43H
No último sábado (1º), a Justiça condenou a 12 anos e 8 meses de prisão em regime fechado o integrante de um grupo neonazista Leandro Maurício Patino Braun, de 41 anos, por tentativa de homicídio duplamente qualificado. O crime ocorreu em maio de 2005, quando três amigos de origem judaica foram brutalmente atacados por skinheads, grupo de ideologia neonazista, no bairro Cidade Baixa, zona boêmia de Porto Alegre.
As vítimas, Alan Floyd Gipsztejn, Edson Nieves Santanna Júnior e Rodrigo Fontella Matheus, caminhavam pela região durante a madrugada quando foram cercadas e agredidas pelos agressores. Dois deles usavam quipá, um símbolo religioso judaico, no momento do ataque.
Além de Leandro Maurício Patino Braun, outros dois réus foram julgados: Valmir Dias da Silva Machado Júnior, de 43 anos, e Israel Andriotti da Silva, de 41 anos. No entanto, ambos foram absolvidos. A decisão encerra o último julgamento relacionado ao caso, que chocou a cidade de Porto Alegre e evidenciou a presença de grupos neonazistas no Brasil.
O julgamento de Leandro Maurício Patino Braun aconteceu no Fórum Central da capital gaúcha e foi presidido pela juíza Lourdes Helena Pacheco da Silva, que decretou a prisão preventiva do réu. Segundo a denúncia do Ministério Público, o réu agiu em conjunto com outros agressores e teve participação direta no crime.
O caso é um lembrete de que a luta contra o ódio e a intolerância ainda é uma realidade no país. A condenação de um dos envolvidos no ataque traz um alento às vítimas e reforça a importância da justiça em casos como esse, combatendo a violência motivada por ideologias extremistas e discriminatórias. É fundamental que a sociedade continue a se unir na luta contra o preconceito e a discriminação, promovendo a diversidade e a tolerância em todas as suas formas.
(Floresta News)