Membros de grupo religioso são condenados por trabalho escravo e tortura no Pará

O caso da comunidade Lucas, que resultou na condenação dos cinco membros, foi investigado pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal ao longo de dois anos.

Cinco membros da comunidade Lucas, localizada no sudeste do Pará, foram condenados pela vara da Justiça Federal de Tucuruí por práticas criminosas envolvendo trabalho escravo, tortura e associação criminosa, inclusive com a participação de menores de idade como vítimas. A decisão foi publicada na terça-feira (21) e os réus já estão cumprindo pena, embora o Ministério Público Federal (MPF) tenha afirmado que eles ainda podem recorrer da sentença.

Relembre o caso

O caso da comunidade Lucas, que resultou na condenação dos cinco membros, foi investigado pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal ao longo de dois anos. Durante esse período, foram encontrados diversos indícios de trabalho escravo e de violência praticados pelos acusados, que mantinham os trabalhadores em condições desumanas, com jornadas exaustivas e sem pagamento adequado.

Além disso, as vítimas também relataram ter sofrido torturas físicas e psicológicas, incluindo ameaças de morte e espancamentos. Entre elas, havia crianças e adolescentes, que eram submetidos às mesmas condições degradantes e perigosas.

Justiça

A sentença da Justiça Federal de Tucuruí, que condenou os acusados pelas práticas criminosas, representa uma importante vitória no combate a esse tipo de prática ilegal e desumana. No entanto, é preciso continuar a fiscalização e a investigação de outras denúncias de trabalho escravo e de violações de direitos humanos em todo o país, a fim de garantir a proteção dos trabalhadores e o cumprimento da lei.

(Floresta News)