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Tucuruí, 03 de May de 2024
Sistema Floresta

Presidente do Incra ouve reivindicações dos movimentos sociais em Marabá

Por Floresta News
Publicado em 01 de março de 2024 às 09:18H

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Nesta quinta, ele apresentou Claudinei Chalito como novo superintendente regional; Chalita assume a vaga deixada por Reginaldo Rocha de Negreiros, denunciado por assédio

Ao longo da quinta e sexta-feira (29 e 01 de março) Marabá sedia a Oficina de Planejamento do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), que conta com a presença de César Fernando Schiavon Aldrighi, engenheiro agrônomo e atual presidente nacional da instituição, além de representantes dos movimentos sociais do campo.

O evento acontece no campus da Universidade do Estado do Pará (UEPA), na Agrópolis do Incra, núcleo Cidade Nova.

Na oportunidade, foi apresentado Claudinei Chalito da Silva, que assume interinamente a Superintendência Regional no Sudeste do Pará em Marabá. Ele substitui Reginaldo Rocha de Negreiros, nomeado em março de 2023 e que recentemente pediu exoneração do cargo, após uma servidora da instituição denunciá-lo por assédio.

A reportagem questionou César Fernando sobre o andamento do processo de Reginaldo, bem como das investigações do caso. Sucinto, ele afirma apenas que os trâmites do afastamento foram encaminhados e que será oficializado na sexta-feira, no Diário Oficial. “Com o afastamento dele, nós convidamos o Claudinei Chalito, que é um agrônomo do Incra que já trabalhou aqui no Pará e foi superintendente em Marabá na gestão da presidente Dilma”, complementa o presidente.

O cenário que Claudinei vai enfrentar a partir de agora é desafiador, mas César Fernando crê que sua presença será relevante para “organizar a casa” e liberar as demandas que estão represadas. Ele vislumbra, ainda, que somente no futuro será possível discutir se Chalito vai continuar à frente do órgão ou se será necessária uma nova sucessão.

Diante da situação, o novo superintendente assume que é necessário retomar um diálogo com os movimentos sociais. “Existem muitos processos que não tiveram o andamento da forma que os movimentos sociais e o Incra acordaram, inclusive anteriormente. O primeiro desafio é tomar ciência de toda a complexidade que temos aqui”.

PAUTAS FUNDIÁRIAS

A oficina de planejamento conta com a presença de representantes do Movimento Sem Terra (MST), Federação dos Trabalhadores na Agricultura (FETAGRI) e Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (FETRAF). Os principais pontos levantados pelos movimentos sociais dizem respeito à pauta fundiária.

As organizações exigem o assentamento imediato de famílias acampadas, a suspensão dos desejos e a retomada da polícia de reforma agrária. Além disso, também entra em discussão a política de habitação rural, crédito e programas para agroindústrias.

Sobre isso, César Fernando Schiavon Aldrighi é direto ao afirmar que os pontos levantados não foram atendidos nos últimos anos. Ele estima que as demandas estão represadas há oito ou dez anos. “A ideia do planejamento local em Marabá é que eles consigam apresentar as demandas. Nós vamos organizar o processo de planejamento das atividades que o Incra faz, aquilo que é possível fazer com os recursos, tanto orçamentais e financeiros, quanto com recursos humanos”, detalha.

César Fernando admite que há cerca de uma década as demandas de Marabá estão represadas

O presidente também elucida que muito do que está sendo apresentado no evento não havia chegado até Brasília. “Muitas das expectativas vão ter que ser organizadas, algumas para 2024, outras para 2025 e outras para 2026. A intenção é ouvir, organizar, priorizar, é para isso que a gente veio aqui”, finaliza.

(Com as informações do Correios Carajás)

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