Caçadores desaparecem em terra indígena e parentes protestam na BR-230

Estão desaparecidos desde domingo (24) em uma área de mata fechada da aldeia Parakanã, os caçadores Cosmo Ribeiro de Sousa, conhecido como “Manel”, José Luís da Silva Teixeira e Willian Santos Câmara. Depois disso, os indígenas permitiram a entrada de outras três pessoas na reserva para procurá-los. Familiares e amigos dos homens, no entanto, cobram maior apoio e liberdade para essa procura e interditaram no início desta tarde a rodovia federal BR-230, a Transamazônica, próximo do acesso à reserva.

Um familiar explicou nesta terça-feira, dia 26, que os três amigos Cosme, Luís e William saíram da cidade rumo à reserva da aldeia Parakanã, a cerca de 30 quilômetros da sede de Novo Repartimento, com a finalidade de caçar. E desde então não foram mais vistos.

Na segunda-feira, 25, mesmo sem autorização dos chefes da aldeia, um grupo de pessoas entrou na área e encontrou motocicletas, roupas e outros objetos das vítimas. Na ocasião, um grupo de indígenas percebeu o movimento e proibiu a continuidade das buscas.

Também na segunda-feira, os indígenas haviam permitido o ingresso de três pessoas ligadas aos homens desaparecidos e anunciou que os acessos seriam limitados, o que revoltou amigos e familiares dos homens.

Em protesto, estas mesmas pessoas promoveram bloqueio à rodovia federal BR-230. Os manifestantes querem a interferência da Funai e Polícia Federal para que um maior número de pessoas possa entrar na área de mata densa para procurar os caçadores, inclusive, de equipes do Corpo de Bombeiros.

A Terra Indígena (TI) Parakanã está situada em dois municípios no estado do Pará: Novo Repartimento e Itupiranga e é composta por 18 aldeias. (Antonio Barroso – freelancer)