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Tucuruí, 20 de July de 2025
Sistema Floresta

Réus pelo assassinato do advogado “João do Trevo” enfrentam júri popular nesta quinta-feira (03)

Por Floresta News
Publicado em 01 de julho de 2025 às 16:11H

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Nesta quinta-feira, 03 de julho, o Tribunal do Júri de Novo Repartimento, no sudeste do Pará, será palco de um julgamento aguardado há anos: os réus acusados pelo brutal assassinato do advogado João Vieira Bezerra, conhecido popularmente como “João do Trevo”, irão finalmente a júri popular. O crime, ocorrido em 2019, chocou a população local e a comunidade jurídica, principalmente pela motivação apontada nas investigações — o exercício profissional da vítima.

O crime

João do Trevo foi executado a tiros na noite de 8 de junho de 2019, quando chegava em sua residência, por volta das 21h. Segundo a Polícia Civil, o homicídio foi encomendado por Maria Félix Martins da Costa, conhecida como “Felinha”. O motivo do crime teria sido a insatisfação com a atuação do advogado em um processo de inventário, no qual ele intermediava a venda de bens avaliados em R$ 4 milhões, deixados para a neta da mandante. Felinha, inconformada com a condução do caso, teria orquestrado a morte do profissional junto com outros envolvidos.

Os réus e o julgamento

Nesta primeira etapa do julgamento, quatro acusados irão a júri popular:

  • José Willer Martins Costa, conhecido como “Dinho” – apontado como o intermediário do crime. De acordo com as investigações, ele foi o responsável por contratar os executores, providenciar a arma, a moto utilizada na fuga e realizar os pagamentos pela execução.
  • Alex Luiz Silva Rocha, o “Compadre” – acusado de ter dado apoio logístico ao grupo criminoso.
  • Douglas Wendell dos Santos Guimarães – teria sido o condutor da motocicleta utilizada no crime.
  • Alexandre Luiz Silva Rocha – acusado de fornecer a arma usada no assassinato.

A segunda etapa do julgamento, ainda sem data definida, terá como réus Maria Félix Martins Costa (“Felinha”) e Wendell dos Santos Guimarães.

Repercussão e mobilização

A Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Pará (OAB-PA), por meio da subseção de Tucuruí, está mobilizando os advogados da região para acompanharem o julgamento. A entidade reforça que a motivação do homicídio — relacionada diretamente ao exercício da profissão — exige um posicionamento firme da classe, em defesa da valorização e da integridade da advocacia.

O vice-presidente da subseção, Dr. Elvis Carvalho, que é de Novo Repartimento, está à frente dessa mobilização. Já o advogado criminalista Dr. Cândido Júnior atuará como assistente de acusação no processo, reforçando a busca por justiça diante da brutalidade do crime.

Linha do tempo das prisões

  • 9 de junho de 2019: Douglas Wendell, piloto da moto usada no crime, é preso.
  • 4 de julho: Alex Luiz (“Compadre”) é capturado por fornecer apoio à execução.
  • 11 de julho: Glendson Silva, o autor dos disparos que mataram João, é preso em Caldas Novas (GO).
  • 11 de julho: No mesmo dia, José Willer (“Dinho”) é preso por coordenar a execução.
  • 3 de setembro: Maria Félix (“Felinha”) e Alexandre Luiz Silva Rocha são presos.
  • Cícero Alves da Silva, o “Teteu”, apontado como um dos mentores e companheiro de Maria Félix, permanece foragido.

Expectativa

O julgamento é considerado emblemático pela comunidade jurídica local, pois representa não apenas a busca por justiça em um caso de assassinato, mas também um marco contra a impunidade em crimes contra profissionais do Direito. A presença massiva de advogados no tribunal é um gesto de solidariedade e resistência, diante da violência que ainda atinge a categoria.

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