Por Floresta News
Publicado em 01 de julho de 2025 às 16:11H
Nesta quinta-feira, 03 de julho, o Tribunal do Júri de Novo Repartimento, no sudeste do Pará, será palco de um julgamento aguardado há anos: os réus acusados pelo brutal assassinato do advogado João Vieira Bezerra, conhecido popularmente como “João do Trevo”, irão finalmente a júri popular. O crime, ocorrido em 2019, chocou a população local e a comunidade jurídica, principalmente pela motivação apontada nas investigações — o exercício profissional da vítima.
O crime
João do Trevo foi executado a tiros na noite de 8 de junho de 2019, quando chegava em sua residência, por volta das 21h. Segundo a Polícia Civil, o homicídio foi encomendado por Maria Félix Martins da Costa, conhecida como “Felinha”. O motivo do crime teria sido a insatisfação com a atuação do advogado em um processo de inventário, no qual ele intermediava a venda de bens avaliados em R$ 4 milhões, deixados para a neta da mandante. Felinha, inconformada com a condução do caso, teria orquestrado a morte do profissional junto com outros envolvidos.
Os réus e o julgamento
Nesta primeira etapa do julgamento, quatro acusados irão a júri popular:
A segunda etapa do julgamento, ainda sem data definida, terá como réus Maria Félix Martins Costa (“Felinha”) e Wendell dos Santos Guimarães.
Repercussão e mobilização
A Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Pará (OAB-PA), por meio da subseção de Tucuruí, está mobilizando os advogados da região para acompanharem o julgamento. A entidade reforça que a motivação do homicídio — relacionada diretamente ao exercício da profissão — exige um posicionamento firme da classe, em defesa da valorização e da integridade da advocacia.
O vice-presidente da subseção, Dr. Elvis Carvalho, que é de Novo Repartimento, está à frente dessa mobilização. Já o advogado criminalista Dr. Cândido Júnior atuará como assistente de acusação no processo, reforçando a busca por justiça diante da brutalidade do crime.
Linha do tempo das prisões
Expectativa
O julgamento é considerado emblemático pela comunidade jurídica local, pois representa não apenas a busca por justiça em um caso de assassinato, mas também um marco contra a impunidade em crimes contra profissionais do Direito. A presença massiva de advogados no tribunal é um gesto de solidariedade e resistência, diante da violência que ainda atinge a categoria.
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