Por Diário Do Pará
Publicado em 25 de janeiro de 2017 às 14:38H
Motoristas se arriscam nas ruas alagadas de Belém (Foto: Maycon Nunes)
Se você se assustou ou mesmo teve algum problema por causa da forte chuva que alagou a Região Metropolitana de Belém desde a tarde da última terça-feira (24), fique certo de que sua preocupação não foi aleatória. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet-Pará), a chuva que iniciou ontem foi a maior registrada em Belém nos últimos dois anos.
Após chuva constante, Belém amanhece alagada
Segundo José Raimundo Abreu, diretor do Inmet-Pará, a previsão de chuva para Belém neste mês de janeiro era de 385 mm (índice pluviométrico), mas a marca já foi superada e chegou a 500 mm. Somente na chuva de ontem, foram 110 mm.
Em janeiro de 2016, o maior índide pluviométrico registrado foi de 69 mm. A chuva mais intensa no ano passado foi registrada no mês de março, com 74 mm.
Muita água? Sim. E vem mais por aí!
De acordo com o diretor do Inmet, nesta quarta-feira (25), novas chuvas devem ocorrer, mas com menos intensidade em relação a que ocorreu ontem.
A mudança climática é motivada por três fenômenos em conjunto: a zona de convergência intertropical, que oscila acima e abaixo da Linha do Equador; uma massa de ar originária da Bolívia e outros países andinos, que possui uma circulação em movimento anti-horário; por fim, um movimento semelhante que teve início próximo ao litoral brasileiro, na região nordeste, e se aproxima do estado do Pará em sentido horário.
Com o encontro dos fenômenos, mais nuvens são formadas, ficam mais carregadas e o índice pluviométrico aumenta. Esta movimentação tripla não deve chegar ao fim em breve: a previsão é de que fevereiro atinja cerca de 400mm de acúmulo de água da chuva. A expectativa, no entanto, deve ser ultrapassada, assim como está ocorrendo em janeiro, indica José Raimundo.
Motoristas enfrentam ruas alagadas e se arriscam para seguir caminho (Foto: Celso Rodrigues)
Riscos na terra e no ar
A grande quantidade de chuvas não causa somente problemas e riscos na “terra”, como a dificuldade no tráfego de pedestres, ciclistas e veículos — lembrando do aumento de casos de doenças — mas também no ar.
José Raimundo relatou que estava em um voo, chegando a Belém por volta de 12h de terça-feira (24), e que, devido as condições climáticas, a aeronave demorou cerca de meia hora para conseguir pousar na pista do aeroporto da capital.
Segundo ele, com os fenômenos climáticos citados acima e o consequente aumento das chuvas, o interior das nuvens registram uma maior intensidade de descargas elétricas, bem como ventos em movimentos “caóticos”. Assim, o risco de turbulências e outros problemas se tornam maiores, além do aumento da possibilidade alterações em voos (horários de pouso e decolagem).
Segundo a Infraero, desde a meia noite até as 13h desta quarta-feira, dos 29 voos que operaram no aeroporto de Belém, cinco tiveram atraso superior a meia hora.
Ausência de saneamento faz Belém ficar alagada. População sofre exposta a doenças e falta de insfraestrutura (Foto: Celso Rodrigues)
Riscos na terra e no ar
A grande quantidade de chuvas não causa somente problemas e riscos na “terra”, como a dificuldade no tráfego de pedestres, ciclistas e veículos — lembrando do aumento de casos de doenças — mas também no ar.
José Raimundo relatou que estava em um voo, chegando a Belém por volta de 12h de terça-feira (24), e que, devido as condições climáticas, a aeronave demorou cerca de meia hora para conseguir pousar na pista do aeroporto da capital.
Segundo ele, com os fenômenos climáticos citados acima e o consequente aumento das chuvas, o interior das nuvens registram uma maior intensidade de descargas elétricas, bem como ventos em movimentos “caóticos”. Assim, o risco de turbulências e outros problemas se tornam maiores, além do aumento da possibilidade alterações em voos (horários de pouso e decolagem).
Segundo a Infraero, desde a meia noite até as 13h desta quarta-feira, dos 29 voos que operaram no aeroporto de Belém, cinco tiveram atraso superior a meia hora.
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