Por ORM
Publicado em 13 de março de 2020 às 05:11H
O governo federal está recomendando medidas básicas de higiene, limpeza de espaços e ambientes, etiqueta e comportamento para instituições superiores de ensino da rede pública federal que incluem até orientações como evitar atividades com grandes aglomerações em ambientes fechados. As recomendações foram publicadas no ofício-circular nº 23/2020, lançado na última terça-feira (10), pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec), o Ministério da Educação (MEC).
O documento dá orientações expressas para enfrentamento da epidemia do coronavírus (Covid-19) – feitas aos dirigentes de instituições de ensino da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica.
Segundo o documento do MEC, as orientações são feitas para “prevenir a transmissão”, junto a membros da comunidade acadêmica. “Essas recomendações são fundamentais, tendo em vista que as universidades são ambientes fechados, com grande número de pessoas e com realização frequente de atividades coletivas”, diz o ofício.
Além de recomendações sobre como proceder limpeza e higienização, o MEC quer que as instituições ofereçam meios para higienização de mãos, uso de copos, vasilhames e bebedouros de água e também descarte de material como papel toalha em lixeiras em banheiros, bem como para locais como recepções, corredores de acessos às salas de aulas e refeitórios.
Além de recomentar que as universidades e institutos evitem atividades que envolvam “grandes aglomerações em ambientes fechados, durante o período de circulação dos agentes causadores de síndromes gripais, como o novo coronavirus”, o MEC orienta que se comunique às autoridades sanitárias a ocorrência de suspeitas de casos de coronavírus.
“A Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica recomenda a todas às instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica a adoção das medidas propostas, solicitando que as informações produzidas por esta pasta, em parceria com o Ministério da Saúde, ora encaminhadas, sejam disponibilizadas nos sítios eletrônicos das respectivas IFES”, diz no ofício o Secretário Ariosto Antunes Culau, titular da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do MEC.
Em nota, o Instituto Federal do Pará (IFPA) informou que “…na manhã desta sexta (13), irá compor uma comissão institucional para tratar do assunto e lançará um cronograma de ações preventivas ao novo Coronavírus (COVID-19). O instituto também seguirá o protocolo estabelecido pelo Ministério da Saúde e seguirá as recomendações do Ministério da Educação, promovendo atividades e campanhas educativas de prevenção”.
Ainda na nota, a instituição informou que “…observará, com atenção e responsabilidade, a situação dentro do estado e munícipios, atualizando o Comitê Nacional sobre a evolução da doença. Nesse sentido, as medidas de prevenção e contenção serão avaliadas caso a caso, em consonância com as orientações das autoridades”.
“O IFPA é uma instituição com representação no Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif). Através do Conif participará do Comitê Operativo de Emergência do Ministério da Educação (COE/MEC), instituído pela Portaria nº 329 de 11 de março de 2020, que avaliará os impactos e medidas que serão tomadas nas próximas semanas no que se refere às mudanças nas rotinas de atividades acadêmicas no âmbito das instituições do Sistema Federal de Ensino”, dizia a nota do IFPA.
Procurada pela Redação Integrada de O Liberal, nesta quinta-feira, para comentar a recomendação, a Universidade Federal do Pará, maior instituição de ensino superior federal do Norte, e uma das maiores universidades públicas do País, disse que o documento expedido pelo MEC se refere apenas a recomendações dirigidas aos institutos federais de educação ligados à Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. No Pará, um deles é o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA).
A UFPA confirmou, nesta quinta-feira (12), que até o momento “não recebeu qualquer documento semelhante”. A instituição também declarou, em nota emitida pela Pró-Reitoria de Graduação, que, até o momento, não tem “qualquer plano de contingenciamento em relação ao assunto em epígrafe”, se referindo possíveis medidas em relação ao coronavírus.
A reportagem está apurando, junto a outras instituições de ensino superior públicas e particulares do Pará, como essas estão se preparando para o avanço da pandemia do novo coronavírus no Estado.
-Promover atividades educativas sobre higiene de mãos e etiqueta respiratória (medidas comportamentais ao tossir ou espirrar);
– Estimular a higienização das mãos com água e sabonete líquido ou preparações alcoólicas, provendo, conforme as possibilidades, lavatório ou pia com dispensador de sabonete líquido, suporte com papel toalha, lixeira com tampa com acionamento por pedal;
– Oferecer dispensadores com preparações alcoólicas para as mãos (álcool em gel), em pontos de maior circulação, tais como: recepção, corredores de acessos à sala de aulas e refeitório;
– Estimular o uso de lenços de papel, bem como seu descarte adequado;
– Realizar a limpeza e desinfecção das superfícies das salas de aula e demais espaços (cadeiras, mesas, aparelhos, bebedouros e equipamentos) após o uso;
– Limpeza das superfícies, com detergente neutro, seguida de desinfecção (álcool 70% ou hipoclorito de sódio);
– Evitar compartilhamento de copos ou vasilhas;
– Estimular o uso de recipientes individuais para o consumo de água, evitando o contato direto da boca com as torneiras dos bebedouros;
– Manter os ambientes arejados por ventilação natural (portas e janelas abertas);
– Evitar atividades que envolvam grandes aglomerações em ambientes fechados, durante o período de circulação dos agentes causadores de síndromes gripais, como o novo coronavirus (Covid-19);
– Manter a atenção para indivíduos (alunos, professores e demais profissionais) que apresentem febre e sintomas respiratórios (tosse, coriza, etc.);
– Orientar procura por atendimento em serviço de saúde e, conforme recomendação médica, manter afastamento das atividades;
– Comunicar às autoridades sanitárias a ocorrência de suspeita de casos de infecção humana pelo novo
coronavírus.
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