Por Floresta News
Publicado em 17 de outubro de 2024 às 13:17H
No período de 15 a 17 de outubro, o Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) por meio da Promotoria de Justiça Ambiental de Marabá e da Promotoria de Justiça da 3ª Região Agrária de Marabá, respectivamente sob as titularidades das promotoras de Justiça Josélia Leontina de Barros Lopes e Alexssandra Muniz Mardegan, em parceria com o Instituto Evandro Chagas e a Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA), está realizando uma ação conjunta para monitorar e avaliar os impactos da morte de peixes no Lago Vermelho I, localizado na zona rural de Marabá, e da invasão de mexilhões dourados no Rio Tocantins.
A iniciativa teve origem a partir da instauração de dois procedimentos administrativos extrajudiciais pela Promotoria de Justiça Ambiental de Marabá, visando entender os efeitos desses fenômenos na sociobiodiversidade e na vida das comunidades ribeirinhas, bem como o impacto socioeconômico nas famílias que dependem da pesca.
A morte em massa de peixes no Lago Vermelho e a invasão dos mexilhões dourados no Rio Tocantins têm gerado grande preocupação entre as comunidades locais, pescadores e ambientalistas.
Nesses dois dias serão realizadas coletas de amostras de água pelo Instituto Evandro Chagas e pela UNIFESSPA em diversos pontos estratégicos do Lago Vermelho e do Rio Tocantins. O objetivo é monitorar a qualidade da água, identificar possíveis agentes poluentes e avaliar o estado ecológico da área afetada. A participação do Instituto Evandro Chagas, referência em pesquisa e saúde pública na Amazônia, é essencial para o aprofundamento das análises e para orientar futuras ações.
A invasão dos mexilhões dourados, uma espécie exótica que ameaça o equilíbrio ecológico do Rio Tocantins, também está sendo acompanhada com atenção, pois pode comprometer a fauna e flora nativas e impactar negativamente a economia local, especialmente para os pescadores. A Promotoria de Justiça Ambiental, juntamente com a Promotoria de Justiça Agrária, está atenta às possíveis repercussões dessa invasão na sustentabilidade da biodiversidade aquática.
Os procedimentos extrajudiciais não buscam apenas esclarecer as causas dos problemas ambientais, mas também promover um diálogo aberto com a comunidade, especialistas e entidades de proteção ambiental. O intuito é conscientizar sobre a importância da preservação dos recursos hídricos e da biodiversidade, bem como adotar medidas preventivas para mitigar os impactos observados.
Texto e fotos: PJ de Marabá, com edição da Ascom MPPA
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