Por ORM
Publicado em 24 de fevereiro de 2020 às 10:14H
Usar de forma correta o recurso água, elemento vital para a vida no Planeta Terra – 70% da superfície da Terra são constituídos por água – é uma necessidade que vem sendo exposta há tempos para habitantes nos países, em especial no Brasil. Mas, quando uma instituição centenária e produtora de conhecimento por excelência, como a Universidade Federal do Pará (UFPA), adota uma campanha de conscientização para combater o uso exagerado do produto em seus campi, a iniciativa funciona como um alerta. Afinal, o que cidadãos comuns e instituições em geral têm feito em prol do uso racional da água a fim de evitar o desperdício desse bem?
No caso da UFPA, a campanha de conscientização acaba de ser lançada, motivada pelo entendimento da Universidade de que por ser a água “um recurso natural essencial e fonte de vida, é importante que a comunidade acadêmica tenha a consciência da utilização racional do líquido, pois a água doce do planeta pode se esgotar, uma vez que se trata de um recurso limitado”.
Ao externar essa preocupação, a UFPA divulga que “hoje, a Federal do Pará tem um consumo de água considerado alto”. “Dados de 2019 demonstram que a Cidade Universitária Professor José da Silveira Netto consumiu, em média, 347 milhões de litros de água por mês, o que daria para abastecer um município com população de aproximadamente 75 mil pessoas. Por este motivo, a campanha, que está sendo realizada pela realizada pela Comissão Gestora do Plano de Logística Sustentável da UFPA (PLS), busca conscientizar a população da UFPA sobre a importância de se cuidar da água diariamente”, ressalta.
Como afirma Roberta Tillmann, presidente da Comissão Gestora do Plano de Logística Sustentável, “essa campanha visa conscientizar os usuários da UFPA sobre a importância da economia da água no quesito sustentabilidade”. “A conscientização permite a educação e a mudança de hábitos e práticas, as quais são essenciais para a redução no consumo de água”, pontua.
“O uso deve ser ainda mais racionalizado, principalmente pela atual situação que passa grande parte do país, com a falta de água. O que pedimos é uma atenção especial de todos os membros da comunidade acadêmica. Neste momento, esperamos unir forças para combater o desperdício e o consumo inadequado deste bem tão precioso”, ressalta Roberta Tillmann.
A Comissão Gestora do PLS dá dicas essenciais, como manter a torneira fechada ao ensaboar as mãos ou escovar os dentes; não acionar a descarga do vaso sanitário sem necessidade, fechar o registro do bebedouro após o seu uso e verificar se a torneira foi fechada adequadamente.
A Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa) orienta os cidadãos a observarem que, ao se lavar as mãos ou a louça e fazer barba, é racional não deixar a torneira aberta todo o tempo. Outra orientação é se verificar se existem vazamentos no imóvel, torneiras pingando ou descargas desreguladas. Para se evitar o desperdício, a manutenção regular mostra-se imprescindível. Ser rápido no banho, inclusive, fechando-se a torneira ao se ensaboar, é outra iniciativa recomendável.
O desafio dos organizadores de campanha e órgãos de saneamento em geral é que muita gente não leva a sério as recomendações, por entender que a água existe em abundância e não vai faltar tão cedo. Ocorre que a maior parte da água existente na Terra é salgada e se encontra nos oceanos. Portanto, é inapropriada para o uso na agricultura e na indústria, de acordo com a Unesco. Apenas 2,5% da água na Terra é doce – a maior parte encontra-se em geleiras. Menos de 1% da água é apropriada para consumo humano, estando acessível em rios, lagos e lençóis subterrâneos, de difícil acesso.
A Cosanpa informa que entre os principais fatores do desperdício de água estão os vazamentos na rede de distribuição e o consumo excessivo. Para corrigir os vazamentos, a Companhia está substituindo mais de 150 km de redes antigas da capital e realiza obras com instalação de redes novas em mais de 10 municípios paraenses.
“Para combater o desperdício entre consumidores, a Cosanpa está instalando hidrômetros (aparelho usado para medir o consumo), já que nas residências onde há este equipamento, independente do consumo era cobrada uma tarifa fixa. Além disso, campanhas sociais são realizadas para conscientizar a população sobre a importância do consumo consciente de água”, informa a Companhia.
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