Por G1
Publicado em 02 de abril de 2020 às 11:26H
A Universidade Federal do Pará (UFPA) é uma da 17 instituições brasileiras que participarão de estudo coordenado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) que vai testar quatro tratamentos para a Covid-19, que vai avaliar os efeitos deles. No Pará, a pesquisa será realizada no Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB).
As medicações a serem testadas já são utilizadas para outras enfermidades. A expectativa é que os resultados auxiliem tanto pacientes que atestaram positivo para o coronavírus, quanto profissionais de saúde e grupos que possuem maior risco de serem infectados pelo coronavírus.
O projeto tem como título: “Solidarity (Solidariedade, em Língua Portuguesa) – Um estudo internacional randomizado de tratamentos adicionais para a COVID-19 em pacientes hospitalizados recebendo o padrão local de tratamento”.
A pesquisa é liderada no Pará pela professora, pesquisadora e médica infectologista da UFPA Rita Medeiros. Da região Norte, também participa do estudo a equipe da Fundação de Medicina Tropical do Amazonas.
“Ao integrarmos o estudo, teremos acesso aos medicamentos. Apesar de, no momento, não podermos afirmar a eficácia dessas medicações, estaremos na linha de frente na busca de soluções para os nossos pacientes. Além disso, será uma excelente oportunidade de formação para nossos alunos e médicos já atuantes na rede, inclusive para nós, pesquisadores”, destaca Rita Medeiros.
A professora Regina Feio Barroso, superintendente do Complexo Hospitalar Universitário da UFPA ressaltou o papel científico da unidade. “O Hospital Barros Barreto, sendo parte integrante do Sistema Único de Saúde, tem também a função social de produzir conhecimento científico e tecnológico para atender à população, com excelência. Por isso é importantíssimo que esse hospital universitário contribua nesse estudo inovador que pode salvar muitas vidas, assim como formar profissionais qualificados na luta contra a COVID-19”, diz.
A amostra da pesquisa é randomizada, ou seja, aleatória. Assim, poderá participar qualquer paciente com idade a partir de 18 anos que esteja internado nos hospitais integrantes do estudo com diagnóstico definitivo de COVID-19. Para a participação, será necessária apenas a assinatura de um termo de consentimento livre, que será disponibilizado pela OMS.
A previsão é que a pesquisa inicie nas primeiras semanas de abril. Estima-se que o número de participantes em todo o mundo será de 5.000 pacientes, sendo 1.200 no Brasil. Pesquisas semelhantes com os mesmos ou outros medicamentos também estão sendo conduzidas por outras redes de pesquisa.
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