Por Floresta News
Publicado em 26 de maio de 2025 às 11:38H
Um conselheiro tutelar foi preso na última quinta-feira (22) por equipes da Delegacia de Polícia Civil de Muaná, no arquipélago do Marajó. Segundo as investigações, o servidor público utilizava o cargo para exigir dinheiro de vítimas sob ameaça de falsas acusações criminais.
De acordo com a Polícia Civil, o conselheiro vai responder por concussão em continuidade delitiva — crime cometido por servidor público que utiliza sua função para obter vantagens indevidas, especialmente de natureza financeira, de forma reiterada.
A prisão foi decretada após a análise de provas reunidas pela investigação, entre elas áudios comprometedores e comprovantes de transferências bancárias feitas pelas vítimas. O mandado de prisão preventiva foi autorizado pela Justiça com parecer favorável do Ministério Público do Pará (MPPA) e cumprido no âmbito da operação “Muralha Estadual”.
As investigações tiveram início após o conselheiro agredir fisicamente o irmão de uma das vítimas, que exigia a devolução dos valores extorquidos no mês anterior. Na ocasião, foi lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por lesão corporal dolosa.
O delegado Felipe Mendonça, responsável pelo caso, afirmou que, ao longo de abril, o servidor utilizou sua posição para coagir e extorquir uma das vítimas, ameaçando forjar acusações e interferir em processos criminais inexistentes.
“A partir das provas reunidas, ficou evidente o uso indevido da função pública para obter vantagens financeiras por meio de ameaças e manipulações”, declarou o delegado.
O conselheiro permanece à disposição da Justiça e, se condenado, poderá enfrentar pena de reclusão e perda do cargo público.