Justiça manda trancar inquérito contra o médico Leandro Augusto

A juíza Renata Guerreiro Milhomem de Souza, da 1ª Vara Criminal de Marabá, mandou trancar o inquérito policial que existia contra o médico Leandro Augusto Alves Oliveira, por entender que nenhum ilícito existe mais contra ele. Inicialmente o médico respondia por homicídio culposo, pois um paciente morreu dentro de sua clínica quando iria ser submetido a endoscopia. Na época do acontecimento, até a formação do médico chegou a ser questionada. Mas, no decorrer do processo, tudo foi sendo esclarecido até chegar neste momento, em que Leandro está inocentado.

O trancamento do inquérito foi pedido pelo advogado de Leandro, Arnaldo Ramos de Barros Júnior, e foi acatado também pelo Ministério Público, diante do que, em seu parecer, a juíza declarou: “Nenhum delito é imputado ao paciente (Leandro), nem mesmo chega a ser citada qualquer conduta ilícita de menor potencial ofensivo…”

Esta é a maior vitória obtida por Leandro, desde quando seu calvário começou, em 25 de janeiro do ano passado, quando seu paciente Luiz Ribeiro da Silva, de 60 anos, morreu.

Leandro chegou a ser preso, foi chamado de “falso médico” e ficou impedido de trabalhar. Mas, cerca de 15 dias depois do ocorrido, ele contratou o advogado criminalista Arnaldo Ramos. Foi quando os fatos começaram a vir à tona. Por meio de sua defesa, Leandro conseguiu provar que a morte do paciente nada teve a ver com a endoscopia, mas foi provocada por infarto devido a trombose pulmonar.

O advogado Arnaldo Ramos também apresentou ao Poder Judiciário provas de que Leandro é médico com formação reconhecida pelas autoridades legais do País, lançando por terra a acusação de exercício ilegal da profissão.

Diante disso, veio a primeira vitória de Leandro, que foi o direito de voltar a trabalhar, o que foi obtido ainda em 24 de fevereiro do ano passado. Mas faltava trancar o inquérito policial. Não falta mais. O Habeas Corpus impetrado por Arnaldo foi acatado pela juíza Renata Guerreiro no mês passado.

Procurado pela reportagem deste CORREIO, o advogado criminalista Arnaldo Ramos, que defende o médico, disse que a decisão trouxe paz a Leandro Alves, que está exercendo a Medicina em outra unidade da Federação. Mas deixou claro que “irá exigir do Estado do Pará a reparação de todos os danos sofridos pelo médico durante essa via crucis que ele passou”.