PCC utilizava malas para transportar drogas de Guarulhos há 8 anos, revela investigação

A Polícia Federal investiga há pelo menos oito anos o envio de drogas para a Europa em malas despachadas no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, por meio do esquema criminoso comandado pelo Primeiro Comando da Capital (PCC). Motoristas de aplicativos levam os criminosos até o aeroporto, onde são deixados em locais predeterminados por mensagens de texto.

A movimentação é feita por aeroportuários disfarçados ou uniformizados. As malas são inseridas nas esteiras de voos nacionais, sem passar por fiscalização de raio-X, e têm como principais destinos Lisboa e Porto, em Portugal, ou Amsterdã, na Holanda. Para introduzir as malas com drogas, os criminosos usam etiquetas preenchidas à mão, que são conhecidas como “rush”. Funcionários cooptados pelo PCC manipulam as malas para burlar a fiscalização e introduzi-las em voos internacionais preestabelecidos.

A comunicação entre os integrantes da organização criminosa é feita por meio de mensagens ou ligações de celulares disponibilizados pela facção criminosa, que os recolhe logo após o fim das operações ilegais para dificultar a ação policial. O operador de esteira Arisson Moreira Júnior foi assassinado em janeiro de 2020 após barrar duas malas com 60 kg de cocaína que seriam despachadas ilegalmente para a Europa.

(Floresta News – Com as informações Metrópoles)