Por Floresta News
Publicado em 03 de junho de 2024 às 00:52H
Os peritos atuam nas operações de crimes cibernéticos envolvendo, dentre outros grupos de vulnerabilidade, crianças e adolescentes
O mês de maio tornou-se conhecido como o mês de combate à exploração e abuso infantojuvenil. Diante deste contexto, a Polícia Científica do Pará (PCEPA), ao integrar forças junto com a Polícia Civil do Pará em operações de combate a estes crimes, tem grande importância na investigação e elucidação destes, visando garantir a justiça social a este grupo de vulneráveis.
As investigações são realizadas pela Polícia Civil (PC), e os peritos criminais da Gerência de Perícia de Informática (GPI), do Instituto de Criminalística (IC), da PCEPA, são acionados para atuar nas operações de crimes cibernéticos envolvendo, dentre outros grupos de vulnerabilidade, crianças e adolescentes. Tais demandas se dão, principalmente, pela Divisão de Combate a Crimes Contra Grupos Vulneráveis Praticados por Meios Cibernéticos e pela Delegacia Especializada no Atendimento à Criança e Adolescente (Deaca).
De acordo com o gerente da GPI, Mayken Oliveira, “é realizado um levantamento e avaliação do perfil da operação, por meio de um briefing horas antes dela ocorrer, e a perícia criminal tem a função de constatar in loco se há conteúdo pornográfico infantojuvenil”. Após a avaliação feita no local e retorno dos peritos à base, é realizada uma avaliação minuciosa dos objetos apreendidos encaminhados à PCEPA.
A perita criminal Verônica Gomes explica que são feitas buscas por equipamentos eletrônicos como celulares, tablets, notebooks, ou outros, que possam conter o armazenamento ou compartilhamento de conteúdo pornográfico de crianças e adolescentes. No local, também são realizados registros fotográficos e uma análise preliminar do conteúdo encontrado.
“Durante as operações, nós utilizamos ferramentas forenses com a finalidade de preservar o material e garantir a cadeia de custódia. Além disso, a perícia é responsável por selecionar e indicar para a Polícia Civil aquilo que é relevante para a investigação naquele momento e sugerir a apreensão dos equipamentos que podem conter o armazenamento, compartilhamento ou a produção desse tipo de conteúdo”, destacou Verônica.
Os conteúdos em nuvem também são importantes durante a avaliação da perícia, uma vez que muitos casos ocorrem em redes sociais ou mesmo jogos online. “Uma recomendação quando se trata de menores, é que os pais estejam verificando o que é acessado pelas crianças, pois independente da plataforma, o abusador busca por uma metodologia para alcançar suas vítimas”, alertou o gerente da GPI.
(Agência Pará)