Por G1
Publicado em 24 de abril de 2020 às 15:07H
O juiz Sergio Moro é o 8º ministro a deixar o governo do presidente Jair Bolsonaro. Ele pediu demissão do cargo no Ministério da Justiça e da Segurança Pública nesta sexta-feira (24), acusando o presidente de tentar interferir nos trabalhos da Polícia Federal.
A saída de Moro ocorre no mesmo mês em que o titular da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, foi demitido do cargo por divergências com o presidente no combate à pandemia de coronavírus.
Além das 8 saídas, houve uma 9ª troca: Onyx Lorenzoni deixou a Casa Civil da Presidência da República, mas assumiu o Ministério da Cidadania e permaneceu no governo.
Veja, abaixo, quem deixou o governo Bolsonaro e quando
Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta foi demitido em 16 de abril. Mandetta teve divergências públicas com o presidente sobre isolamento social durante a crise do coronavírus. Ele foi substituído pelo médico Nelson Luiz Sperle Teich.
O ministro Osmar Terra saiu da pasta da Cidadania em fevereiro. Ele foi substituído por Onyx Lorenzoni, até então ministro da Casa Civil. O desgaste de Terra na pasta teve início no ano passado, quando Bolsonaro decidiu transferir a Secretaria Especial da Cultura para o Ministério do Turismo em meio à uma crise na pasta.
O ministro Gustavo Canuto foi exonerado do Desenvolvimento Regional em fevereiro, mas foi realocado para a presidência do Dataprev. Canuto foi substituído por Rogério Marinho, secretário Especial do Trabalho e da Previdência.
O general Floriano Peixoto Vieira Neto saiu da Secretaria-Geral da Presidência em junho e foi nomeado presidente dos Correios. Jorge Antônio de Oliveira Francisco, advogado, major da reserva da PM e subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, assumiu o cargo.
O general Carlos Alberto dos Santos Cruz, da Secretaria de Governo, foi demitido em junho. A saída do ministro foi a primeira baixa de militar no governo Bolsonaro. Ele foi substituído pelo general Luiz Eduardo Ramos Baptista Pereira, comandante militar do Sudeste.
Ministro da Educação, Ricardo Veléz Rodriguez foi demitido em 8 de abril. Veléz enfrentava uma “guerra” no Ministério da Educação provocada por desentendimentos entre assessores. Foi substituído por Abraham Weintraub.
Então ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gustavo Bebianno foi demitido em 18 de fevereiro, após sete semanas no cargo. Bolsonaro atribui a saída do ministro a “incompreensões e questões mal entendidas de parte a parte”. Foi substituído pelo general da reserva Floriano Peixoto Neto. Bebbiano morreu de infarto em março deste ano.
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