Por Floresta News
Publicado em 08 de abril de 2023 às 14:49H
Com a polarização política cada vez mais presente no Brasil, o tema da privatização de empresas estatais continua a gerar debates acalorados. Enquanto o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) retirou os Correios e outras seis empresas públicas da lista de venda, governadores eleitos com uma plataforma liberal na economia estão acelerando seus planos de privatização em seus respectivos estados.
Governadores como Tarcísio, Zema, Ibaneis e Leite têm promovido esforços para transferir empresas estatais para a iniciativa privada, a fim de melhorar a eficiência dos serviços e evitar prejuízos causados por aparelhamento e má administração. Em um evento promovido pelo Bradesco em São Paulo, três governadores de partidos mais à direita defenderam um estado mais enxuto e expuseram seus planos de privatização ou concessão de estatais e obras de infraestrutura, como estradas.
Por outro lado, para o Partido dos Trabalhadores, empresas estatais são um patrimônio público e devem atuar alinhadas com objetivos traçados pelo estado. A bandeira histórica do PT é o veto às privatizações, e essa postura tem sido defendida por Lula desde a campanha eleitoral do ano passado. O então candidato chegou a advogar pela reversão da venda das ações da Eletrobras, plano que até agora não foi posto em prática.
A medida do governo Lula de retirar estatais da lista de privatizações não foi bem vista por alguns especialistas, que afirmam que o país precisa de recursos para investir em infraestrutura e combater a crise econômica. Além disso, há o argumento de que muitas empresas estatais são ineficientes e drenam os recursos do estado, o que poderia ser melhorado com uma gestão privada mais eficiente.
Em resumo, o debate sobre a privatização de empresas estatais continua a ser um tema relevante na política brasileira, polarizando opiniões de diferentes espectros políticos e econômicos. Os governadores eleitos com uma plataforma liberal na economia estão avançando em seus planos de privatização, enquanto o Partido dos Trabalhadores mantém sua bandeira histórica de veto às privatizações.
(Floresta News)