Por G1
Publicado em 07 de novembro de 2019 às 14:48H
A transferência da Secretaria Especial de Cultura do Ministério da Cidadania para o Ministério do Turismo foi recebida com o alívio por auxiliares do ministro da Cidadania, Osmar Terra.
Mesmo perdendo poder com o decreto do presidente Jair Bolsonaro publicado nesta quinta-feira (7), parte da equipe do Ministério da Cidadania vê com bons olhos a mudança.
Segundo informado ao blog, gerava incômodo o fato de que 80% do noticiário relacionado ao Ministério da Cidadania era voltado às crises da Cultura, seja por demissões em série do chefe da secretaria, seja por discordâncias em relação a editais de séries e filmes.
A transferência da secretaria ocorreu um dia depois de o governo exonerar o então secretário de Cultura, Ricardo Braga, que ficou dois meses no cargo.
Braga, por sua vez, havia substituído Henrique Pires, que deixou o posto em agosto, depois que o Ministério da Cidadania suspendeu um edital com séries sobre temas LGBT – o que ele acabou definindo como censura.
Enquanto a pauta do ministério era consumida por problemas da Cultura, áreas importantes como a de Desenvolvimento Social e Esportes acabaram recebendo menos atenção, avaliam esses auxiliares.
O pauta conservadora é uma das bandeiras prometidas por Bolsonaro durante a eleição de 2018. Assim como o apoio à agenda de lideranças evangélicas sobre a Cultura.
Mesmo que o Ministério da Cidadania tenha respeitado as imposições do Planalto sobre editais da secretaria, auxiliares de Osmar Terra não veem com bons olhos a nomeação do ex-deputado federal Marcos Soares (DEM-RJ), filho do pastor RR Soares.
A secretaria da Cultura ficará subordinada agora ao ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, indiciado no inquérito sobre o uso de candidaturas-laranja no PSL em Minas Gerais.
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