Por Floresta News
Publicado em 30 de setembro de 2024 às 01:42H
Em um ano, Policlínica Metropolitana realiza mais de 40 mil atendimentos cardiológicos
Criada estrategicamente para ser uma Central de Diagnóstico de média complexidade, a Policlínica Metropolitana do Pará, em Belém, é uma referência nos serviços cardiológicos dos paraenses. Por mês, o espaço garante quase 5 mil exames na especialidade, além de 3,5 mil consultas. De julho de 2023 a julho de 2024, a Poli realizou 40.634 serviços gratuitos à população oferecido pelo Governo do Pará, através da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa).
Conforme a alta procura, a cardiologia é um dos carros-chefes dos serviços na unidade. As doenças do coração são tão recorrentes que estão entre as principais causas de morte no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde. Elas são responsáveis por 30% dos óbitos no país, o que corresponde a 400 mil mortes por ano. Celebrado no dia 29 de setembro, o Dia Mundial do Coração, é uma data de alerta global sobre o problema. O coordenador de cardiologia da Poli Metropolitana, Felipe Pacheco, observa que essas patologias podem estar relacionadas ao estilo de vida e também, por uma predisposição genética.
“Se você tem um histórico familiar de problemas cardiovasculares, é importante estar ciente dos riscos. Mesmo adotando hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e exercícios físicos regulares, a herança genética pode desempenhar um papel significativo”, disse. O profissional aponta as principais doenças.
“As principais genéticas são as Síndromes Arrítmicas, como distúrbios do ritmo cardíaco que podem ser transmitidos geneticamente; a Miocardiopatias, que afetam a estrutura do músculo cardíaco e podem ter origem genética; a Arteriopatias, condições que afetam as artérias, como a aterosclerose, também podem ter componentes hereditários”, destacou Felipe.
O cardiologista também aponta as Distrofias Musculares, que são algumas formas de distrofia muscular que podem impactar o coração, a Hipercolesterolemia Familiar, que trata-se do colesterol alto, que muitas vezes é herdado. “Embora algumas dessas doenças não sejam tão frequentes, elas têm um alto grau de mortalidade em todas as faixas etárias. Além da morte súbita, podem causar insuficiência cardíaca, fibrilação atrial e problemas tromboembólicos”, alertou o especialista.
A melhor maneira de detectar doenças cardíacas hereditárias é por meio de testes genéticos. “Esses testes podem ser realizados mesmo em pacientes pré-sintomáticos, após aconselhamento genético e solicitação médica. Os exames como o Painel NGS para arritmias hereditárias e outros podem identificar mutações genéticas associadas a essas condições”, acrescentou o médico.
Prevenção
Para prevenir essas doenças, a população deve manter um estilo de vida saudável e monitorar constantemente a saúde, com o controle da pressão arterial, por exemplo. “A hipertensão (pressão arterial alta) é um fator de risco significativo para doenças cardíacas. Por isso é necessário monitorar regularmente e seguir as orientações do médico. É necessário reduzir o consumo de sal e manter um peso saudável, além da alimentação balanceada, optando por uma dieta rica em frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas magras”, disse Felipe.
O médico também alerta quanto evitar o consumo de gorduras saturadas e trans e o excesso de açúcar. “Consuma peixes ricos em ômega-3, como salmão e sardinha. Além de atividades físicas regularmente. Exercite-se pelo menos 150 minutos por semana e escolha atividades que elevem a frequência cardíaca, como caminhada, corrida, natação ou dança. Mantenha-se ativo no dia a dia, evitando o sedentarismo”, orienta.
Foto: Alex Ribeiro
(Agência Pará)
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