Por O Liberal
Publicado em 23 de abril de 2019 às 07:14H
O Pará começa a começou a segunda fase da 21ª Campanha Nacional de Imunização contra o vírus Influenza (gripe) com resultados inexpressivos na primeira etapa. Pelo site do Programa Nacional de Imunizações (PNI), só 1,74% das crianças, 2,28% das gestantes e 2,62% das puérperas — que compunham o público-alvo inicial — foram vacinadas.
Nesta segunda etapa da campanha, que vai até o dia 31 de maio, todos os grupos prioritários podem ser vacinados. Basta procurar uma unidade municipal de saúde. Quem tomou a vacina contra a gripe em 2018, deve tomar novamente este ano.
Esse grupo prioritário inclui: crianças entre de seis meses a seis anos; grávidas (qualquer período); mulheres até 45 dias após o parto; trabalhadores da saúde; povos indígenas; idosos acima de 60 anos; professores de escolas públicas e privadas; pessoas com doenças crônicas, como diabetes e outras condições clínicas especiais; jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas; funcionários do sistema prisional; e pessoas privadas de liberdade.
A meta é vacinar 2.074.497 pessoas ou, no mínimo, 90% desse total, que corresponde a 1.838.439 pessoas. Para isso, o Pará está recebendo do governo federal 2.100.000 doses da vacina. A vacinação é a principal medida preventiva contra a gripe, porém o Pará não alcançou a meta de 90% entre as crianças menores de cinco anos na Campanha de 2018, sendo, portanto, a prioridade deste ano.
Orientadora da campanha no Pará, a Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa) recomenda que as secretarias municipais de saúde se empenhem em convencer a população a aderir à vacinação. No Estado, serão 2.958 postos de vacinação fixos, além de 758 volantes terrestres e 62 volantes fluviais, com 21.350 pessoas envolvidas, incluindo 5.338 equipes de vacinação.
Conforme explica a nota técnica da Divisão de Imunizações da Sespa, a vacina em questão é importante porque evita algumas complicações causadas pelo vírus influenza, como pneumonia e doenças cardíacas. Assim, ao tomar a vacina, a pessoa não se protege apenas contra a gripe, mas evita quadros mais graves relacionados com hospitalização e morte.
Só não é recomendada a vacina para quem tem histórico de reação anafilática prévia em doses anteriores ou que tenham alergia grave a ovo de galinha e seus derivados. A ação da vacina contra a gripe leva duas semanas para funcionar e dura cerca de nove meses. A reaplicação é necessária porque a vacina oferecida em 2019 é diferente e resguarda o organismo contra outras mutações do vírus, que ocorrem praticamente a cada ano.
A vacina contra a gripe, garante o Ministério da Saúde, é segura e protege contra os três subtipos do vírus da gripe que mais circularam, no último ano, no Hemisfério Sul, de acordo com determinação da Organização Mundial de Saúde (OMS): Influenza A (H1N1), Influenza A (H3N2) e Influenza B. Tambpem reduz as complicações que podem produzir casos graves da doença, internações e óbitos.
Em Belém, a Secretaria Municipal de Saúde realizará uma ação local do Dia de Mobilização Nacional (4 de maio). Serão mais de 200 postos de vacina espalhados em praças, escolas e instituições parceiras.
Casos suspeitos de eventos adversos graves após a vacinação, em Belém, devem ser notificados, imediatamente, para a Coordenação Municipal de Imunização, pelo telefone 3344-2456.
No mais recente Informe Epidemiológico da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), há registo de 124 casos da doença no Pará, entre 1º de janeiro e 6 de abril deste ano. A SRAG é um agravamento de um quadro gripal.
O Informe Epidemiológico também aponta que a população mais acometida de SRAG foi de crianças de sete meses a menores de dois anos de idade, com 34 casos notificados, seguida das crianças menores de seis meses de idade, com 29 casos registrados; e de três a dez anos de idade, com 21 casos. Os municípios com maior número de notificações foram Belém (89), Marituba (9) e Parauapebas (8).
Quanto aos vírus causadores da SRAG, dos 124 casos notificados, 104 (83,87%) tiveram amostras de secreção coletadas para exame laboratorial, das quais 24 (23,07%) deram resultado positivo para vírus respiratório, sendo onze para Influenza B; oito para Influenza A/H1N1; dois para Parainfluenza 3; dois para Adenovírus; e um para Vírus Respiratório Sincicial.
Quanto ao uso do antiviral Oseltamivir (Tamiflu), 107 (86,29%) fizeram uso, lembrando que o Ministério da Saúde preconiza o uso, preferencialmente, nas primeiras 48 horas a partir do início dos sintomas. E dos 124 casos notificados, 104 tiveram confirmação por exame laboratorial e 12 por critério clínico.
Entre os casos notificados, 14 foram a óbito, sendo que 11 deles tiveram material coletado para exame, confirmando 4 óbitos por Influenza A H1N1 e 2 por Influenza B.
– Puérperas (até 45 dias após o parto), com comprovação.
– Professores de escolas públicas e privadas.
– Idosos (a partir dos 60 anos).
– Crianças de 5 anos a menores de 9 nove com doenças crônicas.
– Trabalhadores da saúde (dos setores público e privado).
– Povos indígenas (a partir de 6 meses de idade).
– Adolescentes e jovens de 12 a 21 anos cumprindo medidas socioeducativas.
– População privada de liberdade e funcionários do sistema prisional.
– Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e/ou condições clínicas especiais com apresentação de prescrição médica (em qualquer idade).
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