Por Floresta News
Publicado em 12 de julho de 2023 às 08:37H
Mesmo com queda nos casos, autoridades reforçam a importância das medidas preventivas contra o mosquito Aedes aegypti
Parauapebas, Pará – A cidade de Parauapebas, localizada no estado do Pará, registrou o maior número de casos de dengue neste ano, totalizando 304 ocorrências. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde (Sespa), o ranking é seguido por Belém, com 266 casos, Altamira com 241, Afuá com 209 e Vitória do Xingu com 187 casos.
Apesar da redução nos casos de dengue em todo o estado do Pará, as autoridades alertam que é essencial não se acomodar quanto às medidas de prevenção. De acordo com os dados da Coordenação de Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), foram confirmados 3.096 casos da doença este ano, no período de 1º de janeiro a 30 de junho. No mesmo período do ano passado, foram registrados 3.923 casos, o que representa uma redução de 21,08%.
Cuidados durante o verão
Com a chegada do pico do verão, a Sespa destaca a importância da colaboração da população. Caso as residências fiquem vazias devido às férias escolares, é essencial tomar medidas preventivas, já que as chuvas continuam ocorrendo esporadicamente, podendo resultar em acúmulo inadequado de água.
Essa orientação também se aplica a pessoas que estejam realizando reformas durante esse período. Materiais como tampas, latas de tinta não utilizadas e entulhos em geral, se deixados nos quintais, podem acumular água da chuva e se tornar criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue.
Aline Carneiro, coordenadora de Arboviroses da Sespa, ressalta a importância de informar aos profissionais de saúde sobre viagens para locais com confirmação de casos de dengue ou outras doenças transmitidas pelo mosquito. Ela também recomenda o uso de medidas de proteção individual, como o uso de repelente, enquanto estiver em tais locais. Ao retornar para casa, é fundamental eliminar qualquer foco de água parada.
A Sespa orienta ainda que as Secretarias Municipais de Saúde informem a ocorrência de casos graves e mortes suspeitas no prazo de 24 horas.
Além da dengue, o mosquito Aedes aegypti também é responsável pela transmissão do vírus zika e da febre chikungunya. A febre chikungunya é caracterizada por intensas dores nas articulações, com sintomas que duram entre 10 e 15 dias. Embora as dores articulares possam persistir por meses ou até anos, complicações graves e morte são muito raras. Já a febre do zika vírus causa sintomas que duram no máximo 7 dias e não deixa sequelas. Não há registros de mortes causadas por essa doença.
A Sespa ressalta que a preocupação com o zika segue os mesmos procedimentos adotados em relação à dengue e à chikungunya. O tratamento é apenas paliativo, com foco no suporte e correção de sequelas. Portanto, é fundamental reduzir a incidência do mosquito transmissor por meio de medidas preventivas.
(Floresta News)