Por Floresta News
Publicado em 20 de junho de 2025 às 09:49H
Paciente necessita fazer transfusão constantemente, ou mesmo o transplante de medula óssea
Seguindo com o compromisso de alertar a população sobre os cuidados com a saúde, a Policlínica Metropolitana do Pará, em Belém, reforça, neste mês de Junho a conscientização sobre as doenças falciformes. Elas são genéticas e hereditárias e precisam de atenção para o resto da vida. A especialista da Poli também observa a relevância da doação de sangue, essencial para o tratamento contínuo dos pacientes.
As doenças falciformes são identificadas nos primeiros dias de vida por meio do teste do pezinho e confirmada pelo exame de eletroforese de hemoglobina, que tem como objetivo identificar os diferentes tipos de hemoglobina que podem ser encontrados circulantes no sangue.
A hematologista Ana Virgínia Van Den Berg, coordenadora do serviço na Policlínica Metropolitana, explica que no caso da hemoglobina falciforme, ela tem uma quantidade de hemoglobina S de 50% ou mais. “Na Policlínica fazemos o acompanhamento desses pacientes, mas o centro de referência em Belém é o Hemopa, que oferece a transfusão e a medicação, chamada Hidroxiuréia”, frisou.
A especialista ainda explica que essas doenças são “hereditárias e detectadas pelo teste de pezinho e confirmadas por exame que mostra uma hemoglobina diferente, denominada de S (HbS), e se caracteriza por ter um teor baixo de oxigênio. E ela fica diferente, o que chamamos de meia lua, e isso impede que o oxigênio seja oferecido para todos os órgãos”.
Ana Virgínia ressalta, ainda, a importância da detecção precoce e do alerta às famílias com histórico da doença. “O sinal de alerta é saber se a criança tem uma anemia, pesquisar essa anemia e pesquisar uma história sugestiva dos pais ou parentes que tenham uma anemia falciforme”, destaca.
É importante observar também se a criança tiver queixas de dores nos ossos, nos pés e nas mãos, e na fase mais velha, apresentar um desenvolvimento fora do normal, acompanhado de uma anemia.
“Esse tipo de anemia chamamos de hemolítica, pois existe a destruição de células do sangue. Elas têm sobrevida menor que a normal, por causa dessa destruição das hemácias, e por isso, é necessário fazer uma transfusão sanguínea a cada dois, três meses”, enfatizou especialista.
(SESPA)