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Tucuruí, 24 de March de 2025
Sistema Floresta

Um a cada 10 adultos no mundo é afetado pelo diabetes

Por Floresta News
Publicado em 15 de novembro de 2021 às 15:02H

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Na semana em que o alerta para a prevenção do diabetes é intensificado, o Sistema Floresta traz informações importantes para os leitores sobre a doença. A Federação Internacional de Diabetes (IDF) divulgou novos números que mostram que 537 milhões de adultos vivem agora com diabetes em todo o mundo – um aumento de 16% (74 milhões) desde as estimativas anteriores da IDF em 2019. Essas novas descobertas destacam o crescimento alarmante da prevalência de diabetes em todo o mundo.  As projeções do IDF mostram que em 2045, 783 milhões de adultos viverão com diabetes – ou um em cada oito adultos. Isso representaria um aumento de 46%, mais que o dobro do crescimento populacional estimado (20%) no mesmo período.

O diabetes é uma doença onde os níveis de açúcares no sangue estão elevados, na maioria das vezes por uma ineficácia na produção de insulina pelo pâncreas, ou na utilização de insulina que está sendo produzida. Temos hoje dois tipos principais de diabetes, que é o tipo I e tipo II. O tipo I se manifesta na maioria das vezes na infância ou adolescência e o tipo II na fase adulta ou idosa.

Para esclarecer outras dúvidas sobre o diabetes, conversamos com o endocrinologista, dr. Roberto Borges Jr., que atente em Tucuruí. Ele explica que as causa da doença são muito variáveis: “A gente sabe que o diabetes tem o fator genético muito importante e prevalente, no caso do tipo I, é uma doença auto imune, onde o corpo ataca o próprio corpo, e não há muito o que fazer, esse paciente vai desenvolver a diabetes independente dos hábitos. O tipo II, que é a mais prevalente, está muito ligado aos maus hábitos como obesidade, ansiedade, estresse e sedentarismo”.

Muitas pessoas fazem o exame para verificar a glicemia e ao levar no médico ouve dele que está “pré-diabético”, e é comum que o medo tome conta, pois essa é uma doença que exige mudanças importantes nos hábitos para ser controlada. O dr. Roberto explica que essa condição ainda é reversível: “Na maioria das vezes esse é um paciente que tem maus hábitos ou uma herança familiar, e iniciando um tratamento de mudanças de hábitos intensivo, consegue reverter o quadro”.

Pra quem não é diabético e tem curiosidade em saber se o consumo exagerado de açucares (pães, doces, carboidratos em geral e alimentos industrializados) leva ao desenvolvimento da doença, a resposta é sim. Esse consumo elevado pode levar ao aparecimento da diabetes tipo II. Pra quem já tem algum tipo de diabetes o alerta é ainda maior, pois ele tem dificuldade de fazer o controle de açúcar no organismo, então tem que evitar ao máximo o consumo de desse alimento. O dr. Roberto ainda alerta que até a quantidade de frutose (açúcar presente nas frutas) deve ser avaliado junto com o médico.

Todo esse cuidado e mudanças de hábitos são extremamente necessários, pois as complicações do diabetes são inúmeras e segundo o endocrinologista a cada dia que passa, com o avanço das pesquisas, se descobrem mais doenças relacionadas a doença: “Só o fato de ter a diabetes já tem o risco cardiovascular elevado, maiores chances de ter um infarto. Mesmo quem tem a doença controlada, tem corre risco de ter lesões renais, e ainda alterações vasculares periféricas, como a que vemos de amputações de dedos ou membros inteiro por causa de feridas que não curam. Além da neuropatia que é o comprometimento nervoso dos membros inferiores”.

Sobre a cura da doença, o dr. Roberto explica que ainda não existe nenhum direcionamento para eliminar a diabetes tipo I, pois é uma doença auto imune. Para o tipo II, em alguns casos é possível a reversão, inclusive fazendo uso da cirurgia metabólica, que se assemelha a bariátrica, mas tem como foco a remissão de várias doenças e reduzir complicações relacionadas ao diabetes, e não pura e simplesmente da redução da obesidade, que é o objetivo da bariátrica.

Além de tratar pessoas com diabetes, o dr. Roberto convive com ela há muito tempo, desde os 5 anos de idade. Ele é portador do tipo I, e conta que naquela época era mais difícil para a família, pois não havia muitas informações nem medicamentos. E ele leva a própria experiência para os seus pacientes: “Eu tento levar isso para as consultas, toda a experiência, esse aprendizado e essa maturidade do meu tratamento para dar mais segurança aos meus pacientes. Pois eles precisam estar confiantes na minha prescrição, para que haja colaboração dele e da família no tratamento e assim ter bons resultados. Hoje eu busco essa humanização, essa eficácia no meu atendimento”.

Ele conta ainda, que mesmo convivendo com a doença há 30 anos nunca teve nenhum problema relacionado a ela, que se cuida e incentiva seus pacientes a viver de uma forma mais saudável para que a vida seja o mais normal possível, mesmo portando o diabetes.

SINTOMAS DO DIABETES

Os sinais mais comuns, associados ao excesso de açúcar no sangue, são:

Sede excessiva;

Fome excessiva;

Aumento da frequência urinária;

Infecções frequentes (como de bexiga ou pele);

Fadiga;

Visão turva;

Perda de sensibilidade ou formigamento nos pés ou nas mãos;

Feridas que demoram muito para cicatrizar;

Perda de peso sem razão aparente.

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