Alunos de engenharia precisam de ajuda para participar de competição nacional

A equipe muiraquitã, formada por discentes de engenharia da Universidade Federal do Pará, campus Tucuruí, desenvolve um trabalho inspirado em modelos de navegações sustentáveis. O projeto visa construir e evoluir tecnologicamente uma embarcação altamente sustentável, usando apenas energia solar como matriz de alimentação.

Busca instigar os alunos ao conhecimento e a inovação, promovendo discussões sobre a aplicação de técnicas construtivas sustentáveis e alternativas, o uso de materiais sustentáveis e desenvolvimentos de novos produtos e técnicas que tragam a sustentabilidade em seu conceito, bem como a aplicação de legislação ambiental e a responsabilidade social.

A equipe de 30 alunos está trabalhando para participar do Desafio Solar Brasil, competição nacional de barcos movidos à energia solar, representando assim a região Norte. Ao longo de sua trajetória a equipe já conquistou alguns títulos ao participar de feiras e exposições cientificas, ganhando credibilidade e visibilidade dentro do seu segmento.

Em 2019, os alunos, diante de muito esforço, e apoio dos empresários locais iniciaram a construção de sua primeira embarcação, que foi feita pelos próprios estudantes no pátio do campus da universidade em Tucuruí.
Muitos desafios sugiram, e a equipe apesar de ter recebido apoio dos empresários locais ainda precisou improvisar em diversos equipamentos, utilizando inclusive volante de um carro velho, cadeira da faculdade e equipamentos elétricos doados por professores na composição de sua embarcação.

Contudo em janeiro de 2020 a equipe viajou para São Francisco do Sul em Santa Catarina para sua primeira participação no DSB (Desafio Solar Brasil).
A equipe foi a única representante da região norte entre 15 competidores, apesar de ter uma embarcação totalmente improvisada e com equipamentos ultrapassados os alunos não se intimidaram e ao decorrer de 5 dias de competição demonstraram toda sua garra e força de vontade alcançando a terceira colocação geral e trazendo assim medalha de bronze para região Norte.

Após esta participação e avaliando o seu desenvolvimento, a equipe se propôs a construir uma nova embarcação mais leve e resistente e também a introduzir painéis solares mais atualizados, melhorando seu sistema elétrico e assim se tornar uma equipe a altura dos outros competidores.

Perante os desafios financeiros os alunos realizaram estratégias para conseguir capital para construção do barco, desde vendas de lanches na universidade ate realização de rifas.

Então iniciaram a construção, realizada novamente pelos próprios alunos que optaram por fibra de vidro, que deixaria a embarcação mais leve. O casco foi feito no interior da cidade de Cametá, em um estaleiro de familiares de um componente da equipe.

Agora eles estão em busca de ajuda financeira para custear o projeto e levar cerca de 20 participantes para a competição, que acontece em julho, no Rio de Janeiro, e esperam uma colocação melhor do que o terceiro lugar de 2020.

Quem tiver interesse em apoiar pode entrar em contato com os alunos através do instagram da equipe: @muiraquitaufpa