Vacina: Não imunizados são maioria dos casos de Covid em Tucuruí

O aumento de casos de COVID-19 em todo o mundo tem preocupado, ainda mais com novas variantes surgindo. E o que acontece em outros países e cidades pode se repetir aqui em Tucuruí também. Isso porque ainda faltam muitas pessoas completarem o ciclo vacinal, ou ainda, tomar a primeira dose.

No total 6.101 pessoas estão com a segunda dose da Astrazeneca atrasada em Tucuruí. O maior número de faltosos está entre os adultos que tem entre 20 a 39 anos, um total de 4.467 pessoas. A vacina está disponível em todos os postos de saúde da cidade, mas tem pouca procura por parte da população.

No levantamento feito pelo Sistema Floresta, a partir dos dados veiculados pela prefeitura, de 27/10 a 25/11, o município teve 110 casos de covid confirmados, desses, 98 pessoas não estavam com o ciclo vacinal completo. Em números percentuais isso representa que 89% dos novos casos que surgiram foram em pessoas que estavam apenas com a primeira dose da vacina. Por isso a urgência em fazer com que as pessoas procurem o posto de saúde mais próximo e finalizem a imunização.

Em Marabá, o Hospital Municipal reabriu os leitos exclusivos para tratamento da doença essa semana e logo lotou, atingindo a capacidade máxima de 100%. Na UPA de Tucuruí, existem 17 leitos para atendimento de casos mais leves, até esta terça-feira (30) apenas um estava ocupado. Em entrevista ao programa “Bom Dia” na Rádio Floresta, a coordenadora de imunização, Leila Nogueira, chamou a atenção da população: “Não vamos esperar que os leitos estejam lotados para procurar as vacinas, é de extrema importância que todos estejam imunizados, temos exemplos de cidades próximas, podemos fazer diferente em Tucuruí”.

O Governador Helder Barbalho divulgou um vídeo em suas redes sociais, onde faz apelo para que as pessoas se vacinem, falou sobre a pressão no sistema de saúde na Região de Carajás e afirmou que o Governo vai lançar um decreto com maiores restrições ao acesso de pessoas não vacinadas aos estabelecimentos públicos e privados, a fim de evitar a contaminação e a proliferação do novo coronavírus. “Não é possível que, com todo o sofrimento já vivido, nós ainda tenhamos que ficar discutindo se vacinar faz bem ou deixa de fazer bem. Não tem outro caminho para que você se proteja, e para que você proteja aqueles que você ama”, enfatizou Helder Barbalho.

Certificado Nacional de Vacinação

Para emitir o Certificado Nacional de Vacinação, é necessário acessar o site ou o aplicativo Conecte SUS. Para ter acesso ao Conecte SUS, é necessário ter um login na plataforma Gov.br, portal de serviços digitais do governo federal. Quem ainda não se cadastrou pode fazer na hora, seja acessando o site ou o aplicativo.

Uma vez feito o login, ao clicar no ícone Cidadão, a pessoa terá acesso a uma série de serviços, incluindo o histórico de utilização do SUS. Na opção do menu Vacinas, deve constar as doses contra covid-19 que foram tomadas.

Para emitir o CNV, deve-se marcar a opção Certificado de Vacinação. O sistema fornecerá então um código de 16 dígitos e um QR Code para validação do documento, que poderá ser baixado em formato PDF em três línguas: português, inglês e espanhol.

No aplicativo Conecte SUS, o procedimento é similar. Uma vez instalado no celular e feito o login por meio do cadastro na plataforma Gov.br, o usuário deve clicar na opção Vacinas, que estará na página inicial. Deve-se então selecionar a vacina contra covid-19 e selecionar a opção Certificado de Vacinação.

O aplicativo dá também a opção de baixar uma versão em PDF do comprovante. 

Texto Liliane Skittberg