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Tucuruí, 04 de May de 2024
Sistema Floresta

Feira do Livro garante acessibilidade a pessoas com deficiência

Por Agência Pará
Publicado em 12 de setembro de 2023 às 08:13H

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Guias-videntes e intérpretes de Libras auxiliam a experiência de quem precisa de apoio para andar pela Feira

Pelo 8º ano, a Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes conta com o serviço gratuito de guia-vidente e intérprete de Libras, que garante acessibilidade para pessoas cegas e surdas durante visitação ao evento. O serviço é fruto de uma parceria entre a Secretaria de Estado de Cultura (Secult) e a Universidade do Estado do Pará (UEPA), por meio do projeto Lamparina Acesa – Literatura Acessível, do núcleo de pesquisa Culturas e Memórias da Amazônia (Cuma). 

Lourival Nascimento, 55 anos, tem apoio para a leitura dos livros por todos os espaços da Feira

Lourival Nascimento, de 55 anos, que visitou o evento na tarde desta segunda-feira (11), aprovou a iniciativa. “Ela não apenas me beneficia, mas também a outras pessoas, proporcionando uma experiência mais acessível. Sem esse serviço, muitos de nós teríamos dificuldades para circular sem a companhia de familiares ou de outras pessoas. Além de proporcionar acesso aos estandes e espaços culturais, também permite expandir nossas relações sociais, saindo da esfera familiar. É um serviço vital e deve continuar sendo oferecido”, opinou.

Este ano, o serviço conta com mais de 50 voluntários, distribuídos em escala durante os nove dias da Feira. Os voluntários atuam diretamente com os visitantes nos mais diversos espaços, como estandes e praça de alimentação.

Os guias-videntes prestam auxílio aos visitantes cegos e os intérpretes de Libras auxiliam as pessoas surdas na comunicação durante a visita à Feira. Além disto, existem voluntários para auxiliar aqueles com mobilidade reduzida.

Larissa Veloso, voluntária

A psicopedagoga Larissa Veloso, de 33 anos, participa este ano pela primeira vez como guia-vidente. Antes, ela fez o curso de formação no Cuma. “Tem sido uma experiência muito significativa, porque posso aplicar todo o conhecimento que adquiri. Também é gratificante ajudar a promover a acessibilidade àquelas pessoas que, anteriormente, não tinham suporte. Agora, elas têm a oportunidade de vir à feira, fazer suas compras, conhecer a literatura e também a nossa cultura paraense. Pretendo ser voluntária por muitos anos”, disse. 

Projeto – Vinculado ao Núcleo de Pesquisa Culturas e Memórias Amazônicas (Cuma), o projeto foi criado para disponibilizar obras da literatura amazônica na forma de livro falado e outras tecnologias possíveis, de maneira a permitir o acesso à produção poética produzida na região amazônica para pessoas com deficiência visual. Quando iniciou, em 2015, o Lamparina trabalhava apenas com pessoas cegas, mas a partir do momento em que os alunos de Letras – Libras da Uepa conheceram o projeto, decidiram se integrar.

Na Feira do Livro, a primeira participação do projeto foi em 2016. De lá pra cá, apenas em 2021, quando a programação da Feira do Livro foi realizada pela internet, devido à pandemia da Covid-19, o projeto não teve atuação direta no evento. Além dos voluntários, neste ano, o serviço também conta com 16 profissionais, entre audiodescritores e intérpretes de Libras, distribuídos em escalas para a atuação nas arenas Multivozes, das Artes e Amazônica, como forma de garantir a acessibilidade à programação da Feira. 

Direito – A idealizadora do projeto e uma das responsáveis pela equipe do Lamparina na Feira, Joana Martins, lembrou que a acessibilidade é um direito. “Todas as pessoas, sejam elas com deficiência visual, surdas ou sem deficiências, têm o direito à leitura. Muitas vezes, esse direito é comprometido quando o livro não é acessível. O objetivo é garantir autonomia para esses visitantes”, defendeu Joana, que em 2016 escreveu a tese de mestrado “Lamparina para cegos: literatura acessível na Amazônia”. 

Joana Martins, voluntária do Lamparina Acesa

Desde que a Feira foi aberta ao público, no sábado (09), Joana conta que o serviço tem tido bastante procura. “É muito significativo pensar em como nossa participação cresceu e se integrou à Feira. Agora, temos um ponto, um espaço de destaque. E hoje, especialmente, o foco nas “Vozes da Diversidade e Inclusão” na programação da Feira, vemos uma procura ainda maior”.

Serviço:
Guias-videntes e intérpretes de Libras na 26ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes
Dias: de 09 a 17 de Setembro; 
Horários: 9h às 21h;
Local: O espaço da acessibilidade fica localizado logo na entrada principal do Hangar, à esquerda, pela Avenida Doutor Freitas.

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