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Tucuruí, 26 de April de 2024
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Pipa com cerol fere mototaxista em Tucuruí

Por Floresta News
Publicado em 10 de junho de 2022 às 10:51H

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O verão está dando as caras na nossa região, logo chegam as férias quando as crianças tem mais tempo livre para brincar nas ruas, e entre essas brincadeiras, empinar pipa é um costume nas nossas cidades. Mas essa simples diversão pode se tornar um risco quando associado ao cerol, uma mistura criminosa de cola de madeira com vidro moído que as crianças passam na linha dos papagaios e pipas para cortar a linha das pipas de outras crianças. Esta mistura de cola e vidro moído faz com que a linha se torne uma verdadeira navalha causadora de muitos acidentes fatais.

No final de maio o Governo do Estado publicou uma lei (nº 9.597, de 20 de maio de 2022) proibindo o uso de cerol ou linha chilena no Estado. Nesta quinta-feira (09), um mototaxista foi ferido enquanto fazia uma corrida, em Tucuruí. Francinildo da Conceição tem a antena instalada na moto, mas no momento ela estava abaixada, ele feriu o pescoço e a mão: “A gente não espera, me assustei com aquela linha no meu pescoço, coloquei a mão e cortou meu dedo. Além de me machucar poderia ter causado um acidente com o passageiro que eu estava levando”.

Francinildo teve o dedo e o pescoço cortados

A Companhia de Trânsito de Tucuruí – CTTUC, tem reforçado a fiscalização dos mototaxistas que são obrigados a utilizar a antena de proteção contra linhas de pipas. O superintendente também reforça que qualquer um pode denunciar para a polícia o uso de pipas com linhas de cerol: “Se você ver alguém empinando pipa com esse material perigoso pode acionar a polícia, pois isso é crime e nós estamos trabalhando em conjunto para evitar o pior.”

O presidente do Sindicato dos Mototaxista de Tucuruí – SIMOTU, Antônio Genésio, disse que os profissionais tem que usar o equipamento de proteção: “A gente sabe que mesmo com essa lei as pessoas vão continuar usando cerol, o que a gente precisa é se proteger com a antena corta pipa.”

O Conselho Tutelar vai atuar na conscientização, voltada principalmente para os adolescentes, entre 12 e 18 anos. “A gente viu que na lei a punição é multa de R$ 50,00 pra quem for pego com linha com cerol e o comerciante que for flagrado vendendo esse material pode ser multado em R$ 5.000,00. Não somos contra a diversão, mas devemos ter responsabilidade, então os pais precisam ficar atentos.” Explicou o Conselheiro, Mateus Aires.

No Pará, os números de interrupções de energia motivadas por pipas chegam a somar 2.284 casos, de acordo com levantamento feito pela distribuidora, no período de janeiro a maio deste ano. Somente Belém registrou 311 casos de falta de energia elétrica devido ao uso de pipas, de forma irregular, ou seja, próximo aos fios. Santarém aparece em segundo lugar, com 177 registros. Em outras cidades como Castanhal e Marabá, os números correspondem a 70 e 55, respectivamente.

“A gente orienta que as crianças e adolescentes procurem áreas abertas, longe dos fios elétricos, longe das ruas, porque além do risco de cortar alguém, o risco de choque é muito grande.” Explicou a responsável pela equipe de manutenção da Equatorial Pará, em Tucuruí, Ariane Sales.

Diante de todos esses riscos fica o apelo de quem passou pela trauma de ser cortado por uma dessas linhas de pipas: “Eu peço para os pais dessas crianças que não deixem eles usarem cerol na linha da pipa, só quem sabe o risco é quem passa, como eu que me machuquei.”

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